O leilão de uma Ferrari Dino 208 GT4 1975 completamente enferrujada chamou atenção nas redes sociais. O veículo, considerado uma raridade, foi arrematado por R$ 122 mil, após receber 40 lances acima do lance mínimo, de apenas R$ 1.092,50. As fotos mostram o carro com a lataria enferrujada, interior deteriorado e componentes mecânicos já corroídos.
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A Ferrari foi apreendida em 2006 em Santo André, no ABC Paulista, por suspeita de adulteração do chassi e importação ilegal, e estava abandonada em um depósito da Prefeitura de São Bernardo do Campo até entrar na lista do leilão desta segunda-feira.
Na descrição do carro para o leilão, a firma responsável cita que o veículo está “em péssimo estado de conservação e sem funcionamento”. A parte interna também está severamente deteriorada, sobretudo pela excessiva quantidade de sujeira. O motor e as partes mecânicas do veículo também encontram-se afetados pela ferrugem. Devido ao elevado nível de deterioração, foi avaliado como sucata.
Para se ter uma ideia da “preciosodade”, em 2022, um veículo deste modelo em bom estado foi leiloado em Paris por 37.500 euros (R$ 230,4 mil, na cotação atual).
O veículo que foi leiloado é o único de seu tipo a ser trazido para o Brasil, e foi protagonista de uma polêmica envolvendo dois donos, que terminou como caso de polícia. Segundo o UOL, ainda em 2002, quando seu então dono, o romeno Ferry Lazar, levou o Dino para reparos em uma oficina. Na volta, ele descobriu que a oficina havia fechado e o carro havia desaparecido.
Um ano depois, Lazar localizou o veículo novamente, agora pintado de amarelo, embora inicialmente fosse azul, e sob nova propriedade de Ariovaldo Vicentini. Este último se comprometeu a resolver a situação com as autoridades policiais. A justiça concluiu que ambos foram vítimas de um golpe.