A Polícia Civil de São Paulo atendeu um pedido da Justiça paulista e abriu um novo inquérito para investigar o caso de Fernando Sastre de Andrade Filho, o homem acusado de colidir com uma Porsche contra um carro de aplicativo, resultando na morte do motorista Ornaldo Viana. A investigação mira parentes do jovem, atualmente preso no interior paulista.
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou para O GLOBO que a apuração foi iniciada na segunda-feira (1º) para apurar "fraude processual envolvendo familiares do indiciado (Andrade Filho)". O caso é investigado pelo 30° Distrito Policial (Tatuapé) após pedido da Justiça.
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Segundo o g1, testemunhas ouvidas pela Justiça na semana passada informaram que viram familiares do rapaz retirando garrafas de vidro de dentro da Porsche logo após o acidente. Daniela Andrade, mãe de Fernando, e Marcelo Sastre de Andrade, tio do rapaz, estiveram no local do acidente.
O Ministério Público solicitou, então, que uma nova investigação fosse aberta para apurar possível crime de fraude processual, pedido que foi aceito pela Justiça.
A pena para fraude processual é de até 2 anos de detenção ou pagamento de multa.
Primeira audiência
Foi realizada na semana passada a primeira audiência do caso envolvendo Fernando Sastre de Andrade Filho, preso preventivamente por ser apontado como o responsável pelo acidente que matou o motorista de aplicativo Ornaldo Viana, em março.
A audiência ouviu Marcus Vinícius, amigo de Fernando, que ficou gravemente ferido e também Juliana de Toledo Simões, namorada do acusado, além de outras testemunhas.
Relembre o caso
Na madrugada de 31 de março, Sastre Filho dirigia em alta velocidade um Porsche pela Avenida Salim Farah Maluf, no Tatuapé, quando colidiu contra um carro, causando a morte do motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, 55 anos.
Policiais militares atenderam a ocorrência, mas liberaram o empresário sem exigir que ele fizesse bafômetro. Um inquérito policial militar (IPM) apura a conduta dos agentes. A Polícia Civil pediu a prisão de Sastre Filho por duas vezes, e o Ministério Público reiterou o pedido ao oferecer a denúncia, em 29 de abril. Entretanto, a Justiça negou os três pedidos
Sastre Filho é réu por homicídio doloso qualificado e lesão corporal gravíssima e, se for condenado, sua pena pode ultrapassar 20 anos de prisão.