Um empresário, de 61 anos, da região de Itapoã, no Distrito Federal, foi preso após oferecer até mil reais para estuprar "meninas virgens". A informação divulgada, na última sexta-feira, pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), que afirma que o suspeito teria abusado de dezenas de menores.
— O homem aliciava adolescentes de famílias pouco favorecidas, dando dinheiro e presentes em troca de sexo com essas jovens. Ele chegou a pagar mais de mil reais para jovens perderem a virgindade com ele, além de fazer festas em sua casa, onde distribuia bebidas e dava presentes para meninas que participassem — disse o delegado
Segundo a polícia, a instituição foi procurada pelo Conselho Tutelar, após uma adolescente relatar ser vítima do empresário. A operação foi fruto de investigações da Delegacia Especial de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) do Itapoã.
O homem foi acusado de estupro de vulnerável e exploração sexual por dezenas de adolescentes, a maioria com idades entre 12 e 13 anos. Segundo o delegado, as penas somadas podem chegar a mais de 100 anos de prisão. Além do mandado de prisão temporária, também foi cumprido um mandado de busca e apreensão contra o empresário. Em 2013, o homem já havia sido investigado por crimes semelhantes, mas na época foi absolvido e solto.
Plano meticuloso
As investigações revelaram um plano meticuloso arquitetado pelo autor do crime. Se passando por empresário em Brasília a negócios, ele conheceu uma de suas vítimas em seu local de trabalho. No dia 13 de fevereiro de 2024, a convidou para jantar e a buscou em sua residência. Na ocasião, estava acompanhado de uma adolescente que se apresentou como sua funcionária.
Segundo a polícia, ele alegou que precisava deixar a adolescente no hotel, e convenceu a vítima a acompanhá-lo. No local, a conduziu para seu quarto, onde a agrediu fisicamente, a despiu à força e abusou dela sexualmente. A adolescente, simulando ser funcionária do autor, presenciou todo o crime.
O suspeito ainda registrou o crime em vídeo e passou a assediar a vítima diariamente, com o intuito de evitar a denúncia. Em 26 de fevereiro de 2024, se aproximou da mãe da vítima, alegando ser namorado dela, obteve seu número de celular e enviou o vídeo do estupro.