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Os investimentos prometidos pela indústria automobilística -- R$ 117 bilhões do começo da década até 2030 - refletem o momento de transição da energia. As fábricas têm que migrar para modelos elétricos ou modelos de baixa emissão de gases de efeito estufa. E isto por um motivo estatístico: 50% das emissões do setor de energia no Brasil vêm de transporte. São emissões de gases de efeito estufa que vêm também dos carros de passageiro pelo uso de combustíveis fósseis.
Costuma-se dizer que a energia do Brasil é limpa. Não é bem assim. Uma grande parte da eletricidade que é de baixa emissão. Mas não o setor de energia como um todo, esse emite muito pelo uso das fontes fósseis.
Esta ação das montadoras é importante para que o Brasil atinja as suas metas de redução das emissões. No começo elas tiveram uma posição mais defensiva, agora começaram a fazer um movimento mais é vigoroso para a mudança para o híbrido com flex para a futura eletrificação, e também o uso de hidrogênio verde e outras fontes de energia.
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Também há outro motivo para estes investimentos. O governo renovou os incentivos à indústria automobilística. As empresas internacionais vêm para cá e pedem incentivos , tratamento diferenciado, sob o argumento de que empregam muito. É preciso ficar atento a isso. Se isso não é só bater bumbo para justificar os benefícios tributários.
A última a anunciar investimento foi a montadora Stellantis, dona de marcas como Fiat, Jeep e Peugeot, que promete investimento de R$ 30 bilhões em suas fábricas no Brasil entre 2025 e 2030. Se junta a Toyota, Hyundai, Volkswagen, General Motors, BYD, GWM, Caoa, Nissan que também apostam no mercado brasileiro.
O governo utiliza estes números para enaltecer que os investimentos estão voltando ao Brasil. Tanto que na entrevista que me concedeu na GloboNews, o vice-presidente Geraldo Alckmin estava entusiasmado com essa fase de muito investimento do setor automobilístico.