Malu Gaspar
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Malu Gaspar

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Informações da coluna
Por — Brasília

Antes mesmo do início do julgamento que pode levar à cassação do mandato do senador Sergio Moro (União Brasil-PR), os juízes do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) fizeram um acerto prévio para tentar acelerar a conclusão do caso.

O regimento interno do TRE do Paraná prevê que cada um dos juízes pode pedir vista em qualquer processo por um prazo de até 20 dias.

Mas, após idas e vindas no agendamento do julgamento de Moro, os integrantes do tribunal combinaram que, se algum juiz pedir vista, vai devolver o caso imediatamente para julgamento na sessão seguinte.

Foi justamente o que aconteceu nesta segunda-feira, quando o juiz José Rodrigo Sade pediu vista e interrompeu o julgamento, após o relator, Luciano Carrasco Falavinha, votar pela absolvição de Moro.

"Um voto muito poderoso e minucioso, que me obriga a pedir vista”, disse Sade, ao comentar o voto do colega e se comprometer a devolver o caso para julgamento na sessão desta quarta-feira (3).

Segundo a equipe da coluna apurou, o acerto de acelerar o julgamento foi feito antes mesmo do carnaval, na mesma reunião em que os juízes do TRE decidiram que não teriam acesso antecipado ao voto de Falavinha, que manteve o seu entendimento sob segredo absoluto até hoje.

O compromisso de dar um desfecho rápido para o caso foi externado pelo próprio presidente do TRE, desembargador Sigurd Bengtsson, na abertura da sessão de julgamento desta segunda-feira.

“Considerando o princípio da celeridade, ficou estabelecido que o julgamento será feito em três dias. Se houver vista (hoje), (o julgamento) continuará na próxima quarta. Se quarta-feira tiver vista, continuará na próxima segunda. Se na segunda tiver, continuará dia 9. A intenção é que no dia 8 de abril concluamos esse julgamento", disse Bengtsson.

O inteiro teor do voto de Falavinha só foi conhecido hoje até mesmo pelos próprios juízes que participam do julgamento no TRE. Estão em análise duas ações, uma do PT e outra do PL, que acusam Moro de abuso de poder econômico, caixa 2 e uso indevido dos meios de comunicação.

Os dois partidos pretendem convencer os juízes do TRE do Paraná de que a exposição e os recursos de Moro na pré-campanha para a Presidência da República deram a ele uma vantagem indevida na campanha para o Senado, que ele decidiu disputar quando desistiu da candidatura à presidência pelo Podemos e migrou para o União Brasil.

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