Lauro Jardim
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O STJ converteu em domiciliar a prisão preventiva de Bruno Santana da Silva, conhecido como "Firmeza", sócio do rapper TZ da Coronel e apontado pela Polícia Federal como fornecedor de drogas e armas do Comando Vermelho.

Bruno foi preso preventivamente em abril do ano passado no âmbito da operação Facção Litoral, deflagrada pela PF em Itajaí (SC). Ele foi acusado de tráfico de drogas, porte ilegal de armas, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Investigadores atribuem a Bruno uma carga apreendida de 720 kg de cocaína. De acordo com a PF, ele atuava no agenciamento da carreira de TZ da Coronel, fenômeno do trap no Brasil, e tinha uma empresa de internet como fachada. O suspeito, diz a investigação, ostentava uma vida de luxo, com carros importados e mansão.

A defesa de Bruno nega os crimes e afirma que não há provas sobre os delitos. Os advogados João Pedro Barreto e Juliana David sustentam que se trata de uma perseguição a seu cliente, que ascendeu de uma origem humilde com o agenciamento de artistas de sucesso.

Alegam ainda que as substâncias ilícitas foram encontradas com outro réu, o campeão sul-americano de caratê Ruan Arno, e que o material usado para lastrear a denúncia do Ministério Público contém irregularidades. Investigadores chegaram ao nome de Bruno a partir de mensagens de traficantes monitorados.

A defesa pediu o fim da prisão preventiva ou que fosse substituída por medidas cautelares menos gravosas, devido ao quadro de saúde debilitado de Bruno (sofre de depressão e diarreia grave, com perda de 30 quilos, segundo os advogados) e por ter filhos menores de 12 anos que dependem de seu sustento.

Em sua decisão, o ministro Jesuíno Rissato acatou parcialmente o habeas corpus. O magistrado entendeu que a prisão domiciliar é a medida mais adequada visto que Bruno é pai de uma criança menor de seis anos e responsável pela pensão alimentícia e seu plano de saúde.

O ministro determinou a conversão da prisão com monitoramento eletrônico e permissão para trabalho externo, a fim de garantir o sustento do filho. Bruno, no entanto, está proibido de deixar o país e de manter contato com investigados e possíveis testemunhas.

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