Mais de 289 mil pessoas "discordam totalmente" do projeto de lei que equipara o aborto feito após 22 semanas de gestação ao crime de homicídio, incluindo casos de gravidez resultante de estupro. É o que mostra enquete disponível no site da Câmara sobre a proposta.
O número de quem discorda totalmente equivale a 79% dos que votaram até o início da tarde desta quinta-feira.
Ontem, a Câmara aprovou o regime de urgência da proposta apresentada pelo deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) e endossada por outros 32 parlamentares. Isso significa que o PL vai a votação em plenário sem passar pelas comissões antes e pode ser apreciado já nas próximas sessões.
Segundo a consulta disponível, cerca de 73 mil afirmam "concordar totalmente" com o projeto, o que representa 21% dos votantes.
Até as 15h, 777 haviam dito que "concordam na maior parte", 142 se disseram indecisos e 1.094 responderam que "discordam na maior parte".
Entre os pontos mais populares destacados por participantes, está que o PL é misógino e que o aborto é uma questão de saúde pública e não religiosa. O comentário explica que "as mais penalizadas são as mulheres pobres, que não dispõem de recursos para pagar clínicas seguras".
Por outro lado, quem é a favor do projeto argumenta que "impede assassinato de bebês/fetos por causa de um crime não cometido por eles".
No Brasil, o aborto é permitido por lei em casos de estupro; de risco de vida à mulher e de anencefalia fetal (quando não há formação do cérebro do feto). Não há definido um prazo máximo para o aborto legal.
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