Lauro Jardim
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No recurso que protocola hoje pela cassação de Sergio Moro no TSE, o PT inclui em sua defesa o escritório de Angelo Ferraro. O advogado, que atua em Brasília e São Paulo se unirá aos representantes do diretório paranaense da sigla: o escritório Peccinin & Alessi, de Curitiba.

A avaliação do partido é que, com o envio dos autos para Brasília após o recurso, as duas equipes devem trabalhar em parceria diante dos ministros da Corte superior. Assim como o PL, o PT tenta condenar Moro por abuso de poder econômico e dos meios de comunicação, além de caixa dois.

Atuando agora para o PT, Ferraro já representou Gleisi Hoffmann, presidente da legenda, em duas ações derivadas da Lava-Jato. Hoje, a deputada federal é um dos nomes cotados entre os petistas para concorrer à vaga de Moro, caso ele perca o mandato, e sejam convocadas novas eleições.

Uma das ações era um inquérito em que Gleisi e Paulo Bernardo, ex-marido dela e ministro do Planejamento e das Comunicações dos governos Lula e Dilma, respectivamente, eram acusados de receber R$ 1 milhão do doleiro Alberto Yousseff. Os dois sempre negaram o episódio, conhecido como parte do que a Lava-Jato chamou de “quadrilhão do PT”.

O STF arquivou o procedimento em junho de 2023, a pedido da PGR. Na ocasião, Ferraro falou em tentativa de “criminalizar a política”.

O outro processo era uma denúncia oferecida contra Gleisi pelo suposto recebimento de R$ 5 milhões da Odebrecht em sua campanha ao governo do Paraná em 2014, dos quais R$ 3 mi via caixa dois. Em troca, ela (e também Paulo Bernardo) atuariam em assuntos de interesse da empreiteira.

O caso também parou de tramitar no ano passado, após o STF rejeitar a denúncia. A PGR recuou. E o relator, Edson Fachin, disse que existiam “vácuos investigativos intransponíveis” na apuração. Ferraro chamou o processo de “frágil e sem provas”.

Hoje à frente do Ferraro, Rocha & Novas Advogados, o representante de Gleisi e do PT atuava em parceria com Eugênio Aragão — inclusive em ações envolvendo Gleisi. Ferraro foi assessor de Aragão no Ministério da Justiça. Juntos no hoje extinto Aragão e Ferraro Advogados, os dois trabalharam também para as campanhas de Fernando Haddad e Lula, em 2018 e 2022.

Entenda: Caso contra Sergio Moro pela atuação na Lava-Jato fica para depois

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