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Mariana Barbosa

No GLOBO desde 2020, foi repórter no Brazil Journal, Folha, Estadão e Isto é Dinheiro e correspondente em Londres.

Rennan Setti

No GLOBO desde 2009, foi repórter de tecnologia e atua desde 2014 na cobertura de mercado de capitais. É formado em jornalismo pela Uerj.

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GERADO EM: 26/06/2024 - 10:00

Processo contra Família Staub na CVM

A família Staub, dona da Gradiente, está sendo processada pela CVM por falta de transparência com os investidores. A empresa sobrevive de aluguel de galpões e royalties, enfrentando desafios legais e encerrando processos anteriores.

Outrora uma das principais fabricantes nacionais de eletrônicos, a Gradiente (oficialmente IGB Eletrônica) sobrevive hoje principalmente do aluguel de galpões e dos royalties do licenciamento de sua marca — mas não para de dar dor de cabeça à família Staub, dona da companhia.

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) move um processo sancionador — isto é, com acusação formulada e que vai a julgamento — contra quatro membros do clã por supostas violações da Lei das S/A e de resolução do próprio órgão. Como ocorreu em outros processos contra a família no passado, a nova acusação da CVM versa sobre possível falta de transparência com os investidores.

Segundo a área técnica da CVM, a Gradiente divulgou “intempestivamente, de forma incompleta” um comunicado sobre o recebimento de recursos de créditos tributários em 23 de janeiro de 2023. A companhia também teria violado diversas obrigações de divulgação de informações periódicas constantes e falhou ao não ter convocado da maneira correta a assembleia de acionistas sobre o exercício do ano de 2022.

Entre os acusados estão: Ricardo Staub (diretor-presidente da companhia), Eugênio Staub (presidente do conselho), além das conselheiras Celina Staub e Elizabeth Staub e de Moris Arditti, executivo histórico da Gradiente. Não está claro se a área técnica da CVM pretende responsabilizar todos os acusados por todas as infrações elencadas no processo.

O processo surge menos de um ano depois de Ricardo e Emilio terem sido condenados pela CVM a pagar multas de R$ 680 mil cada um. Além disso, no mês passado, Ricardo pagou R$ 672 mil à CVM para encerrar um processo no qual ele era acusado de não ter divulgado ao mercado informações sobre um acordo celebrado com o BTG para a venda de uma carteira de créditos tributários de IPI avaliada em R$ 120 milhões. No acordo, Ricardo se comprometeu a não exercer cargo na administração de companhia aberta por dois anos.

A Gradiente fechou capital na Bolsa em junho do ano passado, após sair de uma longa recuperação judicial. No Supremo Tribunal Federal (STF), a brasileira duela com a Apple pelo uso da marca iPhone no país.

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