Como se ainda faltasse alguma coisa para uma empresa cuja ação triplicou de valor em um ano e que já vale mais de US$ 2,3 trilhões na Bolsa, a Nvidia acaba de quebrar mais uma barreira simbólica: a marca dos US$ 1 mil na bolsa americana Nasdaq.
Embora tenha fechado em leve queda no pregão regular, o papel da Nvidia sobe quase 6% nas negociações após o fim dos negócios na Nasdaq, o chamado mercado “after-hours”. Com isso, a ação já troca de mãos valendo US$ 1.004. Para efeito de comparação, quando começou a pandemia, os papéis valiam pouco mais de US$ 50.
(A companhia está prestes a fazer um desdobramento de ações, dividindo por dez o valor para dar mais liquidez ao papel).
A razão da alta após o pregão desta quarta-feira é o balanço da gigante dos chips o primeiro trimestre fiscal, que superou as estimativas dos analistas de Wall Street. O lucro saltou 628% em um ano, para US$ 14,8 bilhões, e a receita subiu 262%, atingindo US$ 26 bilhões.
Por trás de tanto dinheiro está a demanda pelos chips da Nvidia, que fornecesse os processadores cruciais para aplicações de inteligência artificial. Diante dessa posição privilegiada, o mercado comprou a ideia de que a Nvidia é a aposta mais certeira para investidores que querem expor seu patrimônio à euforia com a IA.
O fundador da Nvidia, claro, estimula essa percepção — que, aliás, o transformou de um CEO como outro qualquer do Vale do Silício no vigésimo homem mais rico do mundo, com fortuna estimada em US$ 83 bilhões pela Bloomberg.
“A próxima revolução industrial começou”, disse Jensen Huang, em comunicado, nesta quarta-feira. “A IA trará ganhos significativos de produtividade para quase todas os setores e ajudará as empresas a serem mais eficientes em termos de custo e energia.”
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