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Informações da coluna

Mariana Barbosa

No GLOBO desde 2020, foi repórter no Brazil Journal, Folha, Estadão e Isto é Dinheiro e correspondente em Londres.

Rennan Setti

No GLOBO desde 2009, foi repórter de tecnologia e atua desde 2014 na cobertura de mercado de capitais. É formado em jornalismo pela Uerj.

Por — São Paulo

Depois de se encontrar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o CEO global da Uber, Dara Khosrowshahi, anunciou nesta quinta-feria que o app de transportes vai expandir sua oferta no Brasil. A plataforma vai lançar no país serviços já disponíveis em outros mercados — um exclusivo para carros elétricos e híbridos (Uber Green) e outro para o setor da saúde (Health) — e fará uma ofensiva para aumentar a base de táxis dentro do app.

— Eu diria que nossa relação com os táxis não foi historicamente boa (risos), mas isso passou! A gente quer incluir todos os táxis na plataforma até 2025 — disse Khosrowshahi, em sua primeira viagem ao país desde 2017, em evento sobre os dez anos da Uber no país.

Acordo com Stuo

A Uber começou a incluir táxis em sua plataforma em 2020, inicialmente por São Paulo, após anos de embates com a categoria. Agora, a companhia fechou contrato com a Stuo, empresa de gestão de frotas, para permitir que seus 70 mil táxis cadastrados possam ser chamados pelo app da Uber.

Já o Uber Green foi criado ainda antes da pandemia na Europa e, em 2020, foi expandido para EUA e Canadá. O serviço permite que os usuários selecionem apenas carros elétricos ou híbridos. De acordo com o CEO, o produto faz parte do plano da companhia californiana para zerar suas emissões até 2040. Mas a data de lançamento e o cronograma de implementação não foram informados por Khosrowshahi.

— A gente vai lançar o Uber Green em Sao Paulo nos próximos meses. É o produto que vários usuários vinham pedindo, e o motorista economiza com o combustível. A gente quer incentivar a base de motoristas a ir mais rápido nessa transição — afirmou o CEO, em apresentação que não foi aberta a perguntas de jornalistas e não abordou temas como o projeto de regulamentação dos apps de transporte, que tramita no Congresso e enfrenta resistência de motoristas e até de algumas plataformas rivais.

R$ 1 bilhão

O Health, por sua vez, é um produto de nicho que mira empresas da cadeia da saúde.

—Ele foi lançado primeiro nos EUA, em 2022, e é voltado para segmentos como laboratórios e hospitais, que precisam que pacientes façam deslocamentos para tratamentos médicos ou que vão à casa de clientes para aplicação de vacinas, por exemplo — disse Cristina Alvarenga, diretora de mercado e varejo da Uber na América Latina, acrescentando que a companhia vai expandir a solução de entregas de supermercados nas próximas semanas para cidades médias do Brasil.

A companhia disse que vai investir R$ 1 bilhão nos próximos cinco anos para expandir seu centro de tecnologia baseado em São Paulo, que foi inaugurado em 2018. A equipe está sendo ampliada de 300 para 500 engenheiros e desenvolvedores, disse o vice-presidente de Operações da Uber para América Latina, Eduardo Donnelly.

* O repórter viajou a convite da Uber

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