As equipes iniciaram as investigações a partir de uma denúncia anônimaDivulgação

Rio - Policiais civis prenderam em flagrante, nesta quinta-feira (25), Marcos Antônio Souza Silva e Luiz Carlos de Souza Girão, integrantes da milícia comandada por Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, em Campo Grande, Zona Oeste do Rio. A ação foi realizada por agentes da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco) e da Subsecretaria de Inteligência (Ssinte). Foram apreendidos um veículo adulterado e roubado, uma pistola .380, fardas policiais, dinheiro, colete e anotações das cobranças e extorsões praticadas pelos criminosos.
As equipes iniciaram as investigações a partir de uma denúncia anônima de que milicianos armados praticavam extorsões na região. Após monitorar a região, os policiais encontraram os homens e o material.

Os criminosos vão responder por porte ilegal de arma de fogo, extorsão, constituição de milícia privada e receptação.

Violência na Zona Oeste

A região da Zona Oeste tem enfrentado uma rotina de violência. A área sofre com uma disputa entre milicianos e traficantes ligados a Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, preso em 24 de dezembro de 2023, e Leandro Xavier da Silva, o Playboy, morto em um confronto com a Polícia Civil no Complexo da Maré, na Zona Norte, em 29 de junho do ano passado.

Na madrugada desta quarta-feira (24), dois líderes da milícia de Curicica, na Zona Oeste do Rio, foram presos. Segundo a polícia, Cláudio César Rocha, o Cara de Ferro, e Anderson Ferreira de Oliveira, conhecido como Andinho, foram abordados na saída de uma boate. Dois seguranças dos milicianos morreram durante troca de tiros com os policiais para tentar impedir a prisão.

"É uma prisão importante pra Polícia Civil e para a sociedade, que desarticula aquela milícia da região. Eles constituem um núcleo dessa organização criminosa, são narcomilicianos que fecham com o trafico de drogas e dominam a região da Curicica e adjacências. Eles tinham um projeto de invadir outros territórios, então a prisão deles arrefece o clima de guerra entre facções", contou o delegado João Valentim.