Ator Mateus Solano e Hugo Gross, presidente do Sindicato dos ArtistasReprodução / TV Globo / Divulgação

Rio - O Sindicato dos Artistas e Técnicos do Rio (Sated/RJ) entrou com uma ação judicial contra a TV Globo, devido ao valor pago aos atores pelas reprises das novelas da emissora. Ao DIA, o presidente do sindicato, Hugo Gross, comentou sobre a decisão:
"O trabalho como o autoral é irrenunciável. Não tem como reunciar um trabalho de uma emissora deste padrão que recebe bilhões por ano de faturamento e não quer dar o que é de verdadeiro para a célula que fez o nome dela, que é o ator e a atriz", declara Gross, de 60 anos, que já atuou em novelas da TV Globo, como "O Salvador da Patria" (1989), "História de Amor" (1995) e "Aquele Beijo" (2011).
A situação veio à tona após o ator Mateus Solano utilizar as redes sociais, nesta quarta-feira (3), para debater sobre o assunto. "Quanto será que o Canal Viva vai faturar? E nós, os intérpretes? Direito autoral não é favor”, disse o artista, se referindo a novela "Viver à Vida" (2009), que será exibida novamente. O ator deu vida ao personagem Félix, figura principal da trama.
Ainda ao DIA, Hugo Gross falou sobre a participação de influenciadores nas novas produções da emissora. "Eles acham que as pessoas que tem dois milhões de seguidores vão fazer sucesso. Não vão. Na época de Gilberto Braga e Manuel Carlos não existia isso. Tanto é que esses folhetins que estão voltando não estão tendo o boom", desabafou. "A gente vai ter como posicionamento do sindicato proteger, sim. Eu me solidarizo com Mateus Solano e com todos os atores que, de alguma maneira, não recebem o de direito".
*Reportagem da estagiária Mylena Ferreira, sob supervisão de Nara Boechat