Por Memória Globo

Arley Alves/Globo

Mônica Waldvogel nasceu em São Paulo, no dia 9 de fevereiro de 1955. Estudou jornalismo na Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (USP). Para complementar seus estudos, fez diversos cursos nas áreas de economia, política, história da arte, filosofia e literatura. No início da carreira, escreveu para revistas empresariais, especializadas de economia, e teve uma experiência maior na semanal Revista Cacex, voltada para o comércio exterior. Seu primeiro emprego no telejornalismo foi em 1983, na TV Manchete, que estreava naquele ano. A emissora selecionou um grupo de jornalistas iniciantes e outro de editores veteranos para montar sua equipe de jornalismo. Nessa fase, a repórter adquiriu grande experiência no dia a dia da redação e nas reportagens de rua. Em 1986, com o Plano Cruzado, utilizou seu conhecimento na área de economia para produzir matérias explicativas sobre inflação e consumo, temas que, na época, confundiam os brasileiros.

Mônica Walvogel no seminário Globo Educação Mitos X Fatos, 2013. — Foto: Zé Paulo Cardeal/Globo

Em 1987, Mônica Waldvogel, então repórter na TV Manchete, foi convidada pela Globo para cobrir a área de economia em Brasília. Nesse período, acompanhou a Comissão de Sistematização da Constituinte, o Ministério da Fazenda e o Banco Central. Com a crise do Plano Cruzado e a sucessão de pacotes econômicos do governo Sarney, a repórter se especializou em legislação econômica. Durante as gestões de José Sarney e Fernando Collor na Presidência da República, viajou diversas vezes ao exterior para acompanhar as negociações do governo brasileiro.

Ainda na década de 1980, Mônica Waldvogel trabalhou na sucursal da Globo em Nova York, cobrindo as férias de Lucas Mendes e o afastamento de Paulo Henrique Amorim, então chefe do escritório norte-americano. Em 1989, participou da cobertura das primeiras eleições diretas no Brasil depois da ditadura militar.

Nessa época, fez parte da equipe da Globo que cobriu a posse do presidente Fernando Collor, em março de 1990, e a decretação do Plano Brasil Novo. A medida mais radical do novo pacote econômico, popularmente chamado de Plano Collor, determinava o confisco de todas as poupanças e os fundos financeiros superiores a 50 mil cruzados, moeda da época, o que afetava diretamente a vida da população brasileira. No seu cotidiano no Planalto, Mônica Waldvogel acompanhou o drama de pessoas pedindo ajuda à então ministra da Fazenda e do Planejamento, Zélia Cardoso de Melo, e testemunhou a dor de pais sem dinheiro para a operação do filho, de comerciantes que tiveram seus negócios arruinados e gente que perdeu seus imóveis.

Ainda na Globo, Mônica Waldvogel participou da cobertura da Conferência Mundial para o Meio Ambiente, a Rio-92. Logo em seguida, foi contratada pelo SBT. Na emissora paulista, ancorou algumas edições do TJ Brasil. Além disso, trabalhou intensamente em coberturas políticas como a do caso PC Farias e a do impeachment do presidente Fernando Collor. Em 1996, retornou para a Globo de São Paulo. Foi apresentadora e editora chefe do Jornal da Globo. Dois anos depois, assumiu as mesmas funções no Jornal Hoje. Ainda nessa época, fez reportagens sobre política internacional para o programa Sem Fronteiras, da GloboNews.

Plano Collor (1991)

Plano Collor (1991)

Em 1998, participou da cobertura da Copa do Mundo da França. Mônica Waldvogel era responsável pela edição de um bloco inteiro do Jornal da Globo, que trazia notícias e curiosidades sobre o mundial. Nos dias dos jogos da seleção brasileira, fazia participações ao vivo no Jornal Nacional. Após a Copa, foi destacada para integrar a equipe do Projeto Brasil 500 Anos. Participou da série Momento Quinhentos Anos, pequeno programa exibido antes do Jornal Nacional, com resumos sobre a história do Brasil.

No final da década de 1990, Mônica Waldvogel passou a ser apresentadora do Bom Dia Brasil. Ancorava o telejornal de São Paulo, enquanto Renato Machado apresentava do Rio de Janeiro. Nessa época, também comandou o Bom Dia São Paulo. No final de 2000, afastou-se novamente da Globo.

Em maio de 2002, a jornalista deu início a um projeto pessoal: o Saia Justa. Exibido pelo canal GNT, a proposta do programa era apresentar semanalmente uma discussão de temas cotidianos entre quatro mulheres, sendo Mônica Waldvogel a moderadora. Dois meses depois, estreou como editora-chefe e apresentadora do Fala Brasil, telejornal da TV Record. A jornalista acumulou as duas tarefas até decidir se dedicar exclusivamente ao talk show, deixando o jornalístico no final do mesmo ano. Entre 2004 e 2006, além do programa do GNT, a jornalista comandou o programa de entrevistas semanal Dois a Um, exibido pelo SBT.

Desde março de 2006, Mônica Waldvogel passou a integrar a equipe de jornalismo da GloboNews, participando como comentarista e repórter de vários programas do canal. Em 2008, no Jornal das Dez, entrevistou personalidades como o escritor Ariano Suassuna, o ministro do Meio Ambiente Carlos Minc e o ministro da Saúde José Gomes Temporão. No mesmo ano, passou a apresentar o Entre Aspas. No programa, a jornalista recebe entrevistados de opiniões diferentes, que debatem temas variados de áreas como política, comportamento e cultura.

Em 2010, o Saia Justa, que se tornou um dos programas de maior audiência do GNT, estreou um novo formato, admitindo quatro homens no elenco: o músico Leo Jaime, o jornalista Xico Sá e os atores Dan Stulbach e Du Moscovis . Eles passaram a se revezar na sala do programa, dando suas opiniões sobre os diversos temas abordados por Mônica Waldvogel, a jornalista Teté Ribeiro e a atriz Camila Morgado.

Fontes

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