Por Memória Globo

Nelson Di Rago/Globo

Marluce Maria Dias da Silva nasceu no dia 30 de novembro de 1950, em Recife, Pernambuco. Formou-se em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Recife. Aos 23 anos, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde fez pós-graduação em Educação e Administração na Pontifícia Universidade Católica.Em 1974, ela ingressou no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), como técnica de treinamento. Quatro anos depois, transferiu-se para a iniciativa privada, trabalhando como consultora de planejamento estratégico e organizacional na empresa de consultoria de Eurico Carvalho da Cunha, com quem se casou posteriormente. Entre 1986 e 1991, foi diretora de Recursos Humanos e Organização da cadeia de lojas de departamentos Mesbla. Em 1991, entrou na Globo como superintendente executiva, assumiu a gestão de outras áreas da empresa, em 1997. De 1998 a 2002 foi diretora-geral da Globo.

A gente está convencido de que só qualidade dá audiência a longo prazo. E qualidade é um patrimônio, um valor para a humanidade. Quando tem qualidade, as pessoas se sentem bem. Essa é a nossa aposta.

Marluce Dias — Foto: Globo

Em 1986, a executiva prestou consultoria para a Globo, na área de recursos humanos e planejamentos estratégicos. Começou a trabalhar na emissora em 1991, convidada por Roberto Irineu Marinho, ocupando o cargo de superintendente executiva. A ideia da família Marinho na época era que Marluce começasse a implementar mudanças que permitissem garantir um futuro longevo às empresas que compunham as Organizações Globo. Naquela época, o Brasil passava por uma crise econômica derivada do Plano Collor. Ao estudar e compreender a cultura organizacional da Globo, ao mesmo tempo em que tentava racionalizar os gastos da empresa, Marluce Dias concebeu e implantou o Programa de Gestão Participativa (PGP), em 1993. Segundo a executiva, os pilares do programa eram “qualidade com produtividade. Ouvir, conversar, trocar ideias antes da decisão ser tomada, para que as pessoas realmente se envolvessem e que, juntos, esse processo de construção fosse feito.”

Em 1997, período de reformulação da estrutura organizacional da Globo, Marluce passou a responder também pela Central Globo de Comunicação (CGCom), pela Central Globo de Engenharia (CGE), pela Central Globo Afiliadas e Expansão (CGAE) e pela Diretoria de Direitos Esportivos (DDE). Ainda em 1997, a partir de novembro, dirigiu o recém criado Comitê Operacional, integrado pelos representantes da CGCom, CGE, Central Globo de Jornalismo (CGJ), Central Globo de Criação (CGCr), Central Globo de Programação (CGPG), Central Globo de Produção (CGP), Central Globo de Marketing (CGM) e pelo então superintendente comercial Octávio Florisbal.

Marluce Dias da Silva foi nomeada diretora-geral da Globo em 13 de novembro de 1998. Ficou responsável também por outras empresas das Organizações Globo, como Globosat, Som Livre, SIC, Globo Esporte, Área Internacional de Esportes, a Motor, e a então nova Globo.com. Empresas que passaram a formar a Unidade de Televisão e Entretenimento do grupo. Durante o período em que permaneceu como diretora-geral da Globo, Marluce investiu na manutenção de princípios caros aos acionistas das Organizações, que vislumbrava a preservação de valores éticos. Ética, qualidade estética, informação e emoção seriam, para a executiva, os pilares da empresa.

O segredo da boa televisão é, em primeiro lugar, não ser pretensiosa. Quando a televisão faz você se identificar, se emocionar, se divertir e se informar, eu acho que ela está fazendo um bom trabalho.

Marluce Dias permaneceu no cargo de diretora-geral até setembro de 2002, quando se afastou por motivos de saúde. Foi substituída por Octávio Florisbal. Voltou a trabalhar na Globo em junho de 2003, como assessora da presidência. Atuou intensamente na reestruturação das Organizações Globo, participando do Comitê que renegociou a dívida do grupo em meados de 2006. No ano seguinte, deixou o cargo de assessora e passou a prestar consultoria às Organizações Globo, envolvendo-se em projetos estratégicos.

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