Por Memória Globo

Ronaldo Guimarães/Memória Globo

Marcelo Matte é filho de uma professora de música; seu pai, já falecido, foi empresário e possuiu uma rede de lojas de sapatos, as Casas Matte. Formou-se em engenharia mecânica e jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS), em 1976. No mesmo ano, após estagiar na fábrica da família, ingressou no jornal Zero Hora, onde foi repórter esportivo. Também realizou trabalhos como freelancer para as revistas Veja e Placar e para o Jornal da Tarde. Cerca de dois anos depois, foi trabalhar na TV Gaúcha.

Marcelo Matte começou a trabalhar na Globo em agosto de 1979, convidado por Armando Nogueira, então diretor de jornalismo da emissora. Já no ano seguinte, apesar de ser novato, participaria da primeira grande cobertura da Globo em eventos esportivos, os jogos olímpicos de 1980. “Fomos cobrir as Olimpíadas de Moscou, na antiga União Soviética, em plena Guerra Fria, uma experiência que marcou minha vida e carreira”, relembra o jornalista, que produziu matérias para todos os telejornais da emissora, inclusive o Jornal Nacional e o Globo Esporte.

Deixou a Globo em 1981, para trabalhar no jornal O Globo, também na editoria de Esporte. Durante três anos, cobriu o time de futebol do Flamengo. Após breve passagem pela revista Isto É, então sob o comando de Zuenir Ventura, voltou a trabalhar na Globo, agora como repórter da editoria Geral. Assumiu, em seguida, a chefia de redação do Esporte. Em seguida, tornou-se editor-chefe do 'Jornal Hoje'. Também trabalhou no 'Jornal Nacional', cobrindo férias do editor-chefe, justamente à época da reunificação alemã. Na ocasião, comandou, ao vivo, a entrada do Pedro Bial, diretamente do Portão de Brandemburgo: “Foi uma operação de guerra, botar um repórter ao vivo. Aquele era um episódio de uma importância gigantesca”

A partir de 1989, trabalhou como editor do 'Jornal da Globo'. Entre as coberturas de que participou nesse período, destacam-se a das eleições presidenciais brasileiras; a da Guerra do Golfo e a do Plano Collor. Em abril de 1993, quando o Jornal da Globo passou a ser produzido em São Paulo, voltou a trabalhar no 'Jornal Hoje'.

Em seguida, tornou-se chefe de redação da editoria Rio, cargo que ocupou por três anos. Durante a sua gestão, houve um maior investimento na cobertura de eventos de grande mobilização popular, como o Carnaval e o Réveillon. O período também ficaria marcado pela cobertura das chacinas da Candelária e de Vigário Geral, em julho e agosto de 1993, respectivamente. “Eu acho que todas essas grandes coberturas ajudaram tanto a editoria Rio como a própria Globo a moldar o seu jornalismo”, avalia. Marcelo Matte teve, em seguida, uma rápida passagem pela Globo São Paulo, onde trabalhou diretamente com Evandro Guimarães, então diretor da Central Globo de Afiliadas e Expansão.

Globo Minas

Em 1997, Marcelo Matte assumiu a direção da Globo Minas. Com o objetivo de regionalizar a afiliada em todas as áreas, promoveu diversas mudanças e criou dois programas regionais, o 'Terra de Minas' e o 'Globo Horizonte', retransmitidos pela GloboNews e Globo Internacional.

A partir de 2004, coordenou a ampliação da cobertura da Globo no estado de Minas Gerais. Com a incorporação de novas afiliadas, o sinal da Globo passou a atingir cerca de 230 municípios. Também sob a sua direção, a Globo Minas foi pioneira na transmissão do sinal digital no Brasil. O jornalista também dirigiu a implantação de campanhas de valorização da cultura regional, como 'Uma Vida, Uma Árvore'.

Sob sua gestão, a Globo Minas foi premiada por ações e campanhas de desenvolvimento sustentável. Em 2012, a emissora recebeu da prefeitura o selo BH sustentável. Em 2013, ele recebeu a medalha José Costa, na categoria Executivo de Destaque, por sua liderança responsável à frente da Globo Minas. A premiação, que acontece a cada dois anos, é coordenada pela Fundação Dom Cabral e contempla empresas e empreendedores do Estado de Minas Gerais.

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Em 2017, o executivo deixou a Globo. Em seu lugar, como diretor regional da Globo em Minas Gerais, foi Marcelo Ligere.

Fonte

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