A primeira reportagem foi exibida no ‘Jornal Nacional’ do dia 31 de agosto de 1979, com informações sobre a presença do presidente Tito, da Iugoslávia. Ricardo Pereira também relatou que foram os jornalistas brasileiros que informaram aos exilados políticos residentes em Cuba que a Lei da Anistia havia sido promulgada e que eles poderiam retornar a seu país.

A segunda reportagem sobre a Conferência foi em 1 de setembro de 1979. Na matéria, enviada via satélite, o repórter mostrou a reforma na comunicação do país a fim de garantir o trabalho dos jornalistas. O governo cubano construiu um novo Palácio de Convenções para abrigar a Conferência, um gasto de quase 140 milhões de dólares. Os jornalistas da Globo mostraram ainda um dos aspectos da Conferência dos Não Alinhados que chamou a atenção dos participantes: a delegação da Nicarágua foi vestida com os uniformes da Frente Sandinista. A terceira reportagem foi ao ar no dia 3 de setembro de 1979, com o discurso do presidente Fidel Castro, que acusou o Egito de traição por ter assinado acordo de paz com Israel em Camp David.

Em entrevista ao Memória Globo, Ricardo Pereira lembrou: ”A gente fez a primeira transmissão de satélite, hoje parece uma coisa pré-histórica. Cuba usava um sistema chamado Intersputnik, então o sinal da imagem que a gente transmitiu de Cuba saiu de Havana, bateu no satélite, desceu em Budapeste, na Hungria, foi por linha terrestre de micro-onda para Viena, que aí passava para lado ocidental, subiu no Intelsat e desceu no Brasil, foi a primeira vez. Eu me lembro depois o Cid Moreira dizendo: 'Pela primeira vez, uma transmissão via satélite, via Embratel de Cuba'. "

O ‘JN’ exibiu ainda outras reportagens sobre a Sexta Conferência dos Países não Alinhados, como a do dia 4 de setembro, que mostrou o discurso do presidente Tito.