Reportagens e entrevistas

Por Memória Globo

Acervo/Globo

A população brasileira foi às urnas, em 1989, para escolher o presidente da República. A eleição – a primeira direta depois de 29 anos – foi em dois turnos. No primeiro, no dia 15 de novembro, Fernando Collor de Mello (PRN) saiu vitorioso, obtendo o equivalente a 28% do total de votos. Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conseguiu 16,08%, conquistando a segunda vaga do segundo turno numa disputa apertada com Leonel Brizola (PDT). No dia 17 de dezembro, os brasileiros voltaram às urnas e elegeram Collor com 35.089.998 votos (42,75% do total).

Dois debates foram promovidos, de um turno para o outro, entre os candidatos Collor e Lula. O primeiro ocorreu nos estúdios da TV Manchete, no Rio de Janeiro, em 3 de dezembro. Foi transmitido das 21h30 às 24h, por um pool formado pelas quatro principais emissoras de televisão do país (Globo, Bandeirantes, Manchete e SBT). O último debate entre os candidatos, no dia 14, foi transmitido para todo o país dos estúdios da TV Bandeirantes, em São Paulo, a partir das 21h30.

Matéria com a edição do debate Collor x Lula, Jornal Nacional, 14/12/1989.

Matéria com a edição do debate Collor x Lula, Jornal Nacional, 14/12/1989.

No dia seguinte, a Rede Globo apresentou duas matérias com edições do último debate: uma no Jornal Hoje e outra no Jornal Nacional. A matéria do JN provocou muita polêmica.

A Globo foi acusada de selecionar os melhores momentos de Collor e os piores de Lula, favorecendo, assim, o candidato do PRN. Foi acusada também de privilegiar as intervenções de Collor já que ele recebeu um minuto e meio a mais do que Lula. O PT moveu uma ação contra a emissora no Tribunal Superior Eleitoral. O partido queria que novos trechos do debate fossem apresentados no Jornal Nacional antes das eleições, como direito de resposta, mas o recurso foi negado. Em frente à sede da Globo, no Rio de Janeiro, atores da própria emissora, junto com um grupo de outros artistas e intelectuais, protestaram contra a edição.

A partir deste episódio, a Globo decidiu não editar debates políticos, limitando-se a apresentá-los na íntegra e ao vivo. Concluiu-se que, ao condensar um debate, bons e maus momentos dos candidatos ficarão de fora, segundo a escolha de um editor ou de um grupo de editores, e sempre haverá a possibilidade de um dos candidatos se sentir prejudicado.

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