A cobertura no exterior foi fortalecida em função das pressões políticas para tratar dos assuntos internos do país.
A Globo passou a investir nos correspondentes e surgem nomes como Hélio Costa, contratado em 1973, Janos Lengyel e Cidinha Campos, repórteres que já faziam matérias internacionais.
Em 1973, a emissora assinou contrato com a agência de notícias United Press International, UPI , e o JN passou a receber imagens do mundo inteiro, todos os dias, via satélite. Esse processo trouxe rapidez para a editoria porque, até então, o material da UPI vinha de avião e, muitas vezes, chegava com até três dias de atraso.
Diante do sucesso das transmissões, a Globo decidiu montar escritórios fora do Brasil. O primeiro foi inaugurado em novembro de 1973, em Nova York, sob a chefia de Hélio Costa. Começou numa pequena sala e com uma única câmera mas logo, o escritório ganhou um estúdio e um arquivo com imagens de noticiários norte-americanos.
Webdoc sobre a cobertura da Revolução dos Cravos em 1974, com entrevistas exclusivas do Memória Globo.
A equipe inicial de três pessoas passou a contar com 30 funcionários no fim da década de 1970. Entre os repórteres, estavam Lucas Mendes, Sérgio Motta Mello, Paulo César Araújo e Luís Fernando Silva Pinto. Orlando Moreira, José Wilson da Mata, Henderson Royes, Edgar Cavaliero, Henrique Olivier, Marcelo Alexim e Marco Aurélio eram os repórteres cinematográficos.
O escritório de Londres foi aberto em 1974, com a repórter Sandra Passarinho e o repórter cinematográfico Orlando Moreira. Os dois foram envidados à Europa para cobrir a Revolução dos Cravos. Eles embarcaram para a Espanha em 24 de abril e, no dia seguinte, as reportagens estavam no JN.
No dia 26, os dois partiram para Lisboa e, nas semanas seguintes, fizeram gerações diárias de Portugal. A cobertura da Revolução dos Cravos fez um sucesso tão grande que a viagem de Sandra Passarinho e Orlando Moreira foi estendida. Eles permaneceram cinco meses na Europa, cobrindo fatos como as eleições na França, o referendo sobre o aborto na Itália e a morte do general Franco na Espanha.
Em cinco décadas de cobertura internacional, a Globo teve postos em mais 15 cidades do mundo, por onde passaram mais de 70 repórteres, como Lucas Mendes, Hermano Henning, Pedro Bial, Ernesto Paglia, Marcos Losekann, Ilze Scamparini, Rodrigo Alvarez, Márcio Gomes, Caco Barcellos, Sônia Bridi.
Veja o site especial do Memória Globo com histórias dos correspondentes pelo mundo.