Entre 18 de setembro e 2 de outubro de 2005, o 'Fantástico' apresentou a reportagem especial, em três partes, 'Diário de uma Guerra Suja', um panorama detalhado da guerra entre a polícia do Rio de Janeiro e os traficantes de drogas entrincheirados nas favelas, que ainda enfrentavam grupos rivais para defender as bocas-de-fumo. Durante dez dias, Eduardo Faustini entrevistou autoridades como o então Secretário de Segurança da cidade, Marcelo Itagiba, e a inspetora de polícia Marina Magessi; ouviu a opinião de sociólogos sobre o trabalho da polícia e o depoimento dos moradores de áreas próximas às favelas, as principais vítimas da guerra; e registrou o trabalho de educadores que tentavam ajudar a diminuir o envolvimento cada vez maior de menores com o tráfico.
![Reportagem especial de Eduardo Faustini sobre o panorama de guerra entre a Polícia Militar e os traficantes de drogas no Rio de Janeiro, Fantástico, 18/09/2005. Reportagem especial de Eduardo Faustini sobre o panorama de guerra entre a Polícia Militar e os traficantes de drogas no Rio de Janeiro, Fantástico, 18/09/2005.](https://cdn.statically.io/img/s02.video.glbimg.com/x240/6865925.jpg)
Reportagem especial de Eduardo Faustini sobre o panorama de guerra entre a Polícia Militar e os traficantes de drogas no Rio de Janeiro, Fantástico, 18/09/2005.
'Diário de uma Guerra Suja' mostrou também o impacto do conflito para os cofres públicos. Para fazer frente ao arsenal cada vez mais sofisticado dos bandidos, naquele ano, o estado do Rio de Janeiro havia investido 1, 5 bilhão de reais no aparelhamento da polícia. Parte da verba foi aplicada na compra de carros blindados, apelidados pelos moradores das favelas de 'Caveirões'. Eduardo Faustini acompanhou a ação de policiais durante uma incursão a uma comunidade para invadir uma área dominada pelo tráfico. O 'Fantástico' exibiu imagens feitas de dentro de um dos 'caveirões' e o flagrante de patrulhas do tráfico vigiando as favelas à noite.
A reportagem contou com imagens dos cinegrafistas Fernando Calixto, Acyr Fillus, Guilherme Azevedo e Fabiano Moreira; som de Mário Amorim e edição de Rogério Marques e Roberto Cavalcanti.