A Venezuela e a Guiana concordaram neste domingo (27) com o retorno de seus embaixadores ap�s quatro meses de rela��es tensas entre os dois pa�ses devido � disputa territorial pela regi�o de Essequibo.
A decis�o foi tomada em uma reuni�o entre os presidentes Nicol�s Maduro e David Granger em Nova York, onde participar�o da Assembleia-Geral da ONU. O encontro foi mediado pelo secret�rio-geral, Ban Ki-moon.
| Reuters | ||
 |
||
| Nicol�s Maduro e David Granger na reuni�o mediada pelo secret�rio-geral da ONU, Ban Ki-moon (centro) |
Os dois tamb�m concordaram em participar de uma comiss�o da ONU sobre o conflito. Em nota, Maduro disse que a reuni�o foi "tensa e dif�cil, mas que, em prol de avan�ar pelo caminho da paz, foram restabelecidas as rela��es".
Logo ap�s a reuni�o, o presidente guian�s disse em v�deo publicado no site YouTube que a Venezuela foi quem deu in�cio ao conflito ao retirar seu embaixador e ao n�o aceitar a nomea��o de seu representante em Caracas.
"Todas as provoca��es vieram dos venezuelanos. N�o houve nenhuma inten��o de nossa parte de interromper o di�logo", disse David Granger, que foi acusado por Maduro de ter recebido dinheiro da petroleira ExxonMobil.
A companhia foi respons�vel pela descoberta de jazidas de petr�leo no litoral do Essequibo no final de maio. Desde ent�o, Maduro refor�ou a reivindica��o pelo territ�rio, colocada em segundo plano por d�cadas.
Para os guianeses, a soberania do seu territ�rio � garantida por um tratado assinado em 1899 entre a Venezuela e o Reino Unido. Caracas denunciou o pacto em 1962 � ONU por consider�-lo injusto.
Na semana passada, a Venezuela enviou tropas � regi�o de fronteira, no que as autoridades locais afirmaram ser um exerc�cio militar. Em resposta, a Guiana despachou militares para o Essequibo no �ltimo s�bado (26).