A paquistanesa Malala Yousafzai, 17, uma das vencedoras do Pr�mio Nobel da Paz de 2014, � mundialmente conhecida pela defesa dos direitos das mulheres e por ter sobrevivido a um ataque do Taleban, grupo radical isl�mico que atua no Paquist�o.
Em sua terra natal, por�m, Malala � vista com desconfian�a, acusada de ser influenciada pelo Ocidente para danificar a imagem internacional do Paquist�o.
Em 2012, talebans atiraram contra Malala por ela ter defendido o direito das mulheres � educa��o em um blog que escrevia para a BBC.
A jovem se tornou um s�mbolo da luta contra o Taleban, que domina �reas tribais no noroeste do Paquist�o, impondo r�gidas leis isl�micas e proibindo a educa��o das mulheres.
"Os terroristas pensaram que mudariam nossos objetivos e parariam nossas ambi��es, mas nada mudou na minha vida a n�o ser isto: a fraqueza, o medo e a desesperan�a morreram. A for�a, o poder e a coragem nasceram", disse Malala em discuso na ONU em 2013.
"Eu n�o odeio o taleban que atirou em mim. Mesmo se eu tiver uma arma na minha m�o e ele estiver na minha frente, eu n�o iria mat�-lo", disse a ativista.
Malala tamb�m ganhou um pr�mio de direitos humanos da Uni�o Europeia e foi uma das favoritas para ganhar o Pr�mio Nobel no ano passado.
A paquistanesa foi ainda escolhida em 2013 como uma das pessoas mais influentes do mundo pela revista Time.
Vivendo no Reino Unido, ela n�o pode retornar ao Paquist�o por causa de amea�as do Taleban. O atual chefe dos radicais, Mullah Fazlullah, foi quem ordenou o ataque contra ela.
Yousafzai estuda em uma escola em Birmingham e se tornou uma ativista global pelo direito das mulheres � educa��o, tendo opinado sobre a situa��o na S�ria e na Nig�ria.
No vale do Swat, onde nasceu, Malala enfrenta oposi��o dos paquistaneses. Quando foi indicada ao Nobel em 2013, mensagens em redes sociais a acusavam de ser um agente da CIA.