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    Nova 'Carrie', atriz Chlo� Grace Moretz sofreu bullying pelo papel

    RODRIGO SALEM
    DE S�O PAULO

    06/12/2013 03h25

    Chlo� Grace Moretz sabia que precisaria lidar com o tema do bullying em "Carrie - A Estranha", remake do filme de Brian De Palma de 1976 e baseado no livro hom�nimo de Stephen King.

    O que a jovem atriz de 16 anos n�o esperava era sofrer ataques semelhantes (com upgrades tecnol�gicos) por ter aceitado reencarnar a personagem que ficou famosa na pele de Sissy Spacek.

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    "As pessoas come�aram a escrever no meu Facebook que eu nunca seria Carrie, que era muito pequena para a personagem e n�o chegava aos p�s de Sissy", recorda-se. "Mas eu n�o quero ser Sissy Spacek. Kimberly Peirce [a diretora] n�o quer ser De Palma e Julianne Moore n�o quer ser Piper Laurie. Queremos algo novo."

    Divulga��o
    Chlo� Moretz como a protagonista no remake de 'Carrie - A Estranha
    Chlo� Moretz como a protagonista no remake de 'Carrie - A Estranha'

    Mas o novo filme, que estreia hoje no Brasil, n�o desvia tanto de um dos cl�ssicos dos anos 70, dono de um dos finais mais assustadores do cinema. Carrie continua sendo uma menina criada de forma abusiva pela m�e (Moore), uma fan�tica religiosa.

    Ap�s sofrer ataques das coleguinhas no col�gio (com direito a v�deos postados no YouTube), a menina come�a a desenvolver poderes telecin�ticos que culminam na conhecida cena do balde de sangue no baile de formatura --sequ�ncia que os produtores do novo filme n�o fizeram quest�o de esconder.

    "Achei que seria como tirar doce de crian�a filmar a cena", conta Moretz. "Mas quando o sangue atingiu meu corpo, me senti como uma idiota total, com 50 adolescentes olhando para mim e rindo. Foi como um soco na cara. Fui para o trailer e comecei a chorar com minha m�e como nunca tinha feito."

    E olhe que a garota n�o � uma menininha fr�gil. Chamou a aten��o de Hollywood em outra refilmagem de terror, "Horror em Amityville" (2005), quando tinha apenas oito anos. Fez uma vampira centen�ria em "Deixe-me Entrar" (2010) e uma m�quina assassina em "Kick-Ass - Quebrando Tudo" (2010).

    A escolha por pap�is sombrios tem uma hist�ria ainda mais "sombria". Moretz, aos 11, j� usava seu computador para ver filmes impr�prios para a idade. Foi assim que viu "Pulp Fiction" (1994) e o "Carrie - A Estranha" original.

    Na pele de Carrie, a traquinagem renderia centenas de ora��es. Na refilmagem, a m�e da personagem ganha aspectos mais humanos que na obra setentista, refletindo uma tend�ncia de se discutir o radicalismo religioso.

    "O filme � sobre a transi��o dif�cil para a fase adulta, mas toca no tema do isolamento social moderno. As pessoas hoje tendem a se fechar cada vez mais e parece que n�o conversamos mais com ningu�m. A� surge o fanatismo como v�lvula de escape", diz Julianne Moore.

    A mistura, contudo, n�o convenceu os americanos. O novo filme rendeu apenas US$ 35 milh�es (cerca de R$ 83 milh�es), longe dos US$ 54 milh�es de "A Mulher de Preto" e "A Morte do Dem�nio", para citar dois remakes recentes de terror.

    "Olha, quando o est�dio contratou Kimberly Peirce, de 'Meninos N�o Choram', a gente sabia que era uma decis�o de risco, porque n�o era uma cineasta de franquias", diz Moretz. "Mas a produ��o precisava de algu�m sujo e realista. E s� topei por isso."

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