PF tamb�m cumpriu mandado de busca e apreens�o na casa de Mantega
Nelson Antoine/FramePhoto/Folhapress | ||
O ex-ministro da Fazenda Guido Mantega deixa a sede da PF ap�s prestar depoimento em S�o Paulo |
Al�m de conduzi-lo para prestar depoimento, a Pol�cia Federal cumpriu mandado de busca e apreens�o na casa do ex-ministro Guido Mantega, em S�o Paulo, durante a 7� fase da Opera��o Zelotes, deflagrada na manh� desta segunda-feira.
A Folha apurou que as investiga��es apontaram ind�cios de movimenta��es financeiras incompat�veis com a renda de Mantega. Em novembro, a Justi�a determinou a quebra dos sigilos banc�rio e fiscal do ex-ministro da Fazenda dos governos Luiz In�cio Lula da Silva e Dilma Rousseff.
Al�m disso, os pedidos de condu��o e buscas envolvendo Mantega se embasaram em suspeitas de que ele teria negociado com lobistas a nomea��o de ao menos um conselheiro do Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais).
A Zelotes mira em um esquema de pagamento de propina a integrantes do Conselho, vinculado ao Minist�rio da Fazenda e respons�vel por julgar recursos de multas aplicadas pela Receita Federal.
A a��o desta manh� teve como alvo principal a Cimentos Penha, cujo dono � Vitor Sandri, que foi apresentado a Mantega antes de ele ocupar uma cadeira na Esplanada. Eles se conheceram na d�cada de 90, quando fizeram um neg�cio, envolvendo dois terrenos do ex-ministro em S�o Paulo.
A Cimentos Penha � uma das empresas suspeitas de subornarem conselheiros do Carf. A companhia recorreu ao colegiado contra uma atua��o aplicada pela Receita de R$ 57,7 milh�es, em valores de 1998.
Nesta segunda, Mantega prestou depoimento por cerca de duas na Superintend�ncia da PF na capital paulista e negou qualquer participa��o em ilegalidades no Carf. Argumentou que cabe ao ministro da Fazenda nomear conselheiros do �rg�o e, por isso, cumpriu seu fun��o institucional.
Ele confirmou a rela��o comercial com Sandri, mas disse que jamais atuou para benefici�-lo em qualquer esfera p�blica. O ex-ministro lembrou ainda que, quando comandava a Fazenda, criou a Corregedoria do Carf, respons�vel por receber queixas e den�ncias relativas ao colegiado.
OUTRO LADO
Advogado que acompanhou Mantega no depoimento, Guilherme Batochio afirmou ser absurda e desnecess�ria a condu��o coercitiva de seu cliente.
"Ele prestou depoimento nesse mesmo inqu�rito h� tr�s meses, jamais se ap�s a prestar esclarecimentos. A condu��o � ilegal", criticou Batochio.
O defensor argumentou que bastava uma solicita��o da PF para Mantega comparecer � Superintend�ncia. "Esse tipo de pr�tica n�o � digna de um Estado democr�tico de direito", concluiu Batochio.
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