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'Pátria', na HBO, é uma série triste e imperdível

Ane Gabarain e Lena Irureta em cena como Miren e Bittori na série 'Pátria' (Foto: HBO)Ane Gabarain e Lena Irureta em cena como Miren e Bittori na série 'Pátria' (Foto: HBO)

 

Quando a organização separatista basca ETA renunciou à luta armada, em 2011, o saldo de mortos era alto e os ódios, profundos e enraizados. É nessa Espanha fragmentada e traumatizada que se passa “Pátria”, a minissérie de oito episódios lançada pela HBO (ela também está no Now). A produção não alude àquele país que as folclorizações associam à dança e às cores vivas. É tudo bem sombrio e triste.

Somos levados à pequena cidade natal de duas mulheres idosas. Bittori (Lena Irureta) ficou viúva e vive em San Sebastián. Mas mantém um apartamento no vilarejo e decide voltar, embora não seja bem-vinda pelos outros moradores. Seu marido, Txato (José Ramón Soroiz), foi assassinado pelo ETA. Em outra ponta, Miren (Ane Gabarain) tem um filho na prisão. Joxe Mari (Jon Olivares) é um ex-militante da organização. No passado, as duas famílias eram grandes amigas, mas a política as separou e cavou um abismo insuperável entre elas.

 

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A narrativa se desenrola em várias cronologias dentro de um período de 30 anos. E faz um retrato das razões da amargura que sobrou depois do cessar-fogo. É uma caminhada sobre as ruínas. Prepare seu coração, mas não deixe de assistir: é uma das melhores séries do ano.

PS: O diálogo faz parte do trabalho da coluna. Digo isso porque, desde que publiquei uma crítica negativa sobre “Emily em Paris”, da Netflix, não pararam de chegar mensagens de leitores irritados. Li todas, mas só deu para responder a algumas, peço desculpas por isso. Pelo visto, num ponto todos concordamos: a série está mobilizando o público.

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