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O desleixo com as sinopses de séries no streaming

Patrícia Kogut

Cena de 'Criminal: Alemanha' (Foto: Divulgação)Cena de 'Criminal: Alemanha' (Foto: Divulgação)

 

Quando a pandemia começou, decidi rever “Família Soprano” (HBO). Já nos primeiros episódios da série, que é datada de 1999 (ela terminou em 2007), deu para notar o quanto as traduções da TV paga evoluíram de lá para cá. As falhas se generalizavam. Sony e Warner eram campeões de palavras grafadas erradas ou até faltando, causando a formação de frases sem sentido, mas não estavam sozinhos. Quase todos os canais assassinavam as traduções. “Família Soprano” não escapava. Não digo que isso esteja integralmente solucionado, mas houve um esforço para minimizar o problema.

Com a chegada do streaming, entretanto, outra questão vem irritando: as sinopses de séries, filmes e novelas. Em quase todos os serviços, elas não cumprem o simples objetivo de informar. Às vezes, chegam a ser cômicas. Por exemplo, na Netflix, o segundo episódio de “Criminal — Alemanha”: “Um caso antes claro de violência doméstica torna-se sombrio à medida que o advogado de um poderoso sogro se insere na mistura para controlar a narrativa”. Entendeu? Pois é. Já “Marcella” é descrita assim: “O que ela precisa é achar um assassino, não importa se perto de casa”. Na Amazon Prime, o drama é igual. “A herdeira” está resumida da seguinte forma: “Sofia de repente descobre que pertence a uma antiga família aristocrática com suas raízes na monarquia. Mas a notícia vem com grande perigo”. Pobre Sofia. E o Globoplay não fica atrás. O quarto episódio de “Riviera” anuncia: “Após sua descoberta na sala segura, Georgina tenta localizar o esquivo colecionador de arte do seu marido”.

Sei lá, caro leitor, bota esquivo nisso.

 

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