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Ivete Sangalo fala da família e do 'The masked singer'

Thayná Rodrigues e Gabriela Antunes

Ivete Sangalo (Foto: Globo / Kelly Fuzaro)Ivete Sangalo (Foto: Globo / Kelly Fuzaro)

 

Reality show popular em países como Estados Unidos e Reino Unido, "The masked singer Brasil" chega ao Brasil na próxima terça-feira, 10, com a promessa de ser muito mais do que um reality de canto. No formato, personalidades de diferentes áreas - como jornalismo, dramaturgia e música - se apresentam diante de jurados que não conhecem sua verdadeira identidade. A cada programa, aquele que fizer a pior performance da noite será eliminado e só então poderá mostrar seu rosto. Para comandar sua nova aposta, a Globo escolheu Ivete Sangalo. A cantora, que já foi técnica do "The voice Brasil" e tem experiência em realities, acredita que um dos principais desafios do novo trabalho será eliminar colegas artistas:

- É um misto de sensações. As apresentações são tão únicas que a gente muitas vezes acredita que aquele personagem é um artista a ser revelado, alguém que ainda não existia dentro do imaginário popular. É como se fosse um artista novo em todos os sentidos. No momento que a gente se dá conta de que aquela máscara estava sendo habitada por alguém que a gente ama muito, que está dentro da nossa história, é a parte mais delicada do programa.

A cantora até teve a opção de saber quais eram os participantes da competição, como acontece nos outros países, mas preferiu ficar no escuro. Ela também não assistiu a nenhuma outra versão do programa:

-  O método que eu usei foi exatamente o ineditismo da emoção e da performance de cada um. Temos aqui um roteiro de regras do programa, do próprio reality, e o público precisa entender que eu sou uma comunicadora dessa rotina. Eu fiz questão de não assistir justamente para não ter que ter referência de uma outra personalidade que não a minha.

Mesmo sendo um formato estrangeiro, a direção do "The masked singer" procurou mostrar brasilidade através das fantasias que os participantes vão usar nas apresentações. Ivete considera que essa foi uma decisão acertada:

-  Tem muitos elementos nas fantasias que remetem a coisas brasileiras culturalmente fortes, que tem uma relação direta com as regiões do nosso país. Somos um país continental com milhões de histórias a serem contadas. Acho que isso (o uso das fantasias) vai nos fortalecer muito, porque trará uma identidade. E será uma delícia o público assistir e se ver ali refletido através da cultura, através do folclore brasileiro.

 

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E é através da fantasia que o programa pretende conquistar também o público infantil, inclusive os filhos de Ivete, as gêmeas Marina e Helena, de 3 anos, e Marcelo, de 11.

- À medida que o programa ia liberando as imagens das roupas, eu fui mostrando às minhas filhas. Foi incrível ver a reação nos rostinhos delas. E com Marcelo, que já tem mais consciência de que tem alguém dentro na fantasia, a grande discussão era ele tentar tirar de mim a informação que eu não passei para ele: "Minha mãe, não acreditando nesse seu sigilo". Eu digo: "Meu filho, pois é isso". Eu acho que o mistério vai dar a você ainda mais curiosidade e mais expectativa".

O primogênito tem aparecido cada vez mais vezes tocando ao lado da mãe e chama a atenção por sua habilidade. Ivete acredita que a música esteja no sangue da família.

- Vendo o Marcelo atuando, hoje, como músico, percebo que isso foi uma coisa que veio com ele. Ainda que eu ensinasse muito, ele tem uma percepção que vai além exclusivamente do convívio com a música e de ver a mãe trabalhando com aquilo. Eu acho que é DNA mesmo e acho que as meninas vão pelo mesmo caminho. Marcelo é um músico excepcional, não é uma invenção minha, não é um capricho. Poderia ser, e não haveria nada de mal nisso, mas não é. É mesmo predileção dele por fazer isso e fazer bem - garante ela, explicando que as gêmeas também já mostram afinidade com a música. - Nessa pandemia eu fiz muitas lives da minha casa. Então, todo esse aparato que eu montava, trouxe um convívio mais antecipado delas com esse universo. Eu nunca tinha levado as duas para show, mas elas passaram a ver o microfone com maior frequência, as luzes, as caixas de som etc. E se criou uma intimidade muito natural das meninas com isso.

Há mais de um ano sem fazer shows com público por causa da pandemia, Ivete acredita que estar à frente do programa ajuda a matar as saudades da plateia:

- A presença física faz muita diferença na vida da gente e especialmente para mim, que sou uma cantora que as pessoas vão assistir justamente com esse propósito de se divertir, de dividir comigo aquelas energias. Mas, sem dúvida nenhuma, o fato de eu estar cantando e saber que isso tem um alcance muito grande ameniza essa saudade. Mas eu não vejo a hora de a gente poder se encontrar de fato.

Além do "The masked singer", Ivete atualmente apresenta o "Música boa ao vivo", do Multishow, e comandará a edição deste ano do "Criança esperança", no próximo dia 23. Confortável na função, a cantora revela que esse trabalho era um sonho antigo:

-  Ah, eu estou muito apresentadora. Eu adorando! Vou contar aqui uma coisa, não sei se eu já contei isso: quando era criança, eu adorava jogar bola, subir em telhado e fazer muitas outras brincadeiras. Entre elas, eu habitualmente brincava de fazer programas de TV. Inclusive já fiz um programa de TV em que imitava uma apresentadora da Bahia chamada tia Arilma. Eu cobrava os ingressos, a galera ia e eu fazia de conta que era o palco do programa. Arranjava patrocínio dos pais e chamava minhas amigas. A gente fazia apresentações e tal. Eu sempre tive uma relação com a comunicação. Isso envolvia música e uma série de coisas. Embora seja algo muito novo aos olhos do público, para mim era uma realidade na minha personalidade.

Ivete Sangalo mostrou foto com o marido, Daniel Cady, e os filhos, Marcelo, Helena e Marina (Foto: Reprodução)Ivete Sangalo mostrou foto com o marido, Daniel Cady, e os filhos, Marcelo, Helena e Marina (Foto: Reprodução)

 

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