Ivete Sangalo fala sobre educar o filho contra o machismo

 

Ivete Sangalo apareceu com o filho Marcelo, de 11 anos, durante uma live com a atriz Isabel Fillardis e falou sobre a criação dele. A cantora explicou como aborda o tema machismo:

- Eu converso muito com o Marcelo e me coloco nas situações. "Bicho, vá fazer. Mas vamos torcer para que ninguém faça isso com a mamãe". Ele diz: "Ah, mas com você não pode fazer". E eu digo: "Qual é a diferença? Eu sou sua mãe. Existirão mães de alguém ou irmãs, filhas...". A educação tem que ser pautada pelo respeito.

Ivete, que também é mãe das gêmeas Marina e Helena, de 2 anos, disse que foi perguntada frequentemente em entrevistas sobre como educar as filhas para viverem num mundo machista:

- Eu dizia: "Para elas não vou falar nada, eu vou é educá-lo de outra forma". Elas já estão preparadas. Já têm esse fardo de um DNA social que traz a gente até aqui. E isso foi perguntado por mulheres na grande maioria. Mulheres que sofrem com a permanência desse radicalismo da visão do homem (...) Eu converso com ele papo reto. Ele é muito meu amigo. Ele está descobrindo muitas coisas da vida dele. Trato meus filhos como indivíduos. Não os subestimo. Óbvio que tudo adequado ao seu tempo e à sua idade. No que eles podem compreender, o papo é muito reto, firme e consciente. Acho que estou salvaguardando meus filhos dos perigos do mundo.

 

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Ivete falou ainda sobre o desejo de ter uma família grande e contou que pensava em seis filhos:

- A minha casa era muito confusa, mas muito feliz, muito diversa e colorida. Cada um tinha seu jeitinho. Essa grande confusão me fez querer ter família grande. Eu queria um bocado de filhos (...) Hoje falo de boca cheia que tenho três filhos. Eu tinha uma suspeita dentro de mim de que seria uma boa mãe.

Ao final da conversa, a cantora falou sobre angústias como mãe:

- Eu nunca me permiti parecer triste. Ou estar triste com alguma coisa. Não sei se era uma defesa minha. Mas tem momentos, sim, em que fico triste. Eu aprendi a assumir tem pouco tempo que podia me sentir triste, melancólica, com saudades dos meus pais, de Juazeiro. Eu sinto medos e angústias. A grande maioria como mãe. Penso no que posso dar de melhor para os meus filhos, no que posso deixar de legado. Embora esteja cercada de circusntâncias muito positivas, de muitos privilégios, eu me permiti até aprender dentro dessa pequena tristeza. Confesso que é tudo bem breve e bem esporádico. Mas nem a esse breve e esporádico eu me permitia. Eu aprendi que até minha tristeza me deixa maior e mais poderosa.