Opinião: críticas de Ronaldinho em ação publicitária refletem a realidade da seleção brasileira

Ronaldinho Gaúcho gerou um intenso debate ao criticar a seleção brasileira nas redes sociais no último fim de semana. As declarações, inicialmente vistas como um desabafo pessoal, foram depois confirmadas pelo ex-jogador como parte de uma ação publicitária. Entretanto, o conteúdo das críticas refletiu uma percepção compartilhada por muitos torcedores e especialistas: a Amarelinha está passando por um momento deplorável.

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Ronaldinho afirmou que "não pretende acompanhar o torneio" e descreveu o atual time como "um dos piores dos últimos anos", criticando a falta de líderes e a qualidade dos jogadores brasileiros. Suas palavras geraram desconforto entre os jogadores convocados, que se encontram nos Estados Unidos para a disputa da Copa América de 2024.

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Confira os convocados de Dorival Júnior para a Copa América:

Goleiros:

• Alisson (Liverpool);
• Bento (Athletico-PR);
• Rafael (São Paulo);

Laterais:

• Danilo (Juventus);
• Yan Couto (Girona);
• Guilherme Arana (Atlético-MG);
• Wendell (Porto);

Zagueiros:

• Beraldo (PSG);
• Bremer (Juventus);
• Éder Militão (Real Madrid);
• Gabriel Magalhães (Arsenal);
• Marquinhos (PSG);

Meio-campistas:

• Andreas Pereira (Fulham);
• Bruno Guimarães (Newcastle);
• Douglas Luiz (Aston Villa);
• Éderson (Atalanta);
• João Gomes (Wolverhampton);
• Lucas Paquetá (West Ham);

Atacantes:

• Endrick (Palmeiras);
• Evanilson (Porto);
• Gabriel Martinelli (Arsenal);
• Pepê (Porto);
• Raphinha (Barcelona);
• Rodrygo (Real Madrid);
• Savinho (Girona);
• Vini Jr (Real Madrid).

Dentro das quatro linhas, Alisson, há mais de nove anos na seleção, segue sem conseguir replicar suas atuações pelo Liverpool com a camisa da Amarelinha. A posição de titular é contestada, com Bento, do Athletico-PR, sendo visto por alguns como uma opção mais sólida. Especialmente se tratando de um ciclo para a próxima Copa do Mundo de 2024.

A lateral é uma das posições mais questionadas. Danilo, apesar do importante papel de líder, é mediano para ainda seguir na titularidade, e Yan Couto, ainda não consolidado, não inspiram confiança. Wendell, jogando no futebol português, também é uma escolha totalmente questionável para a Amarleinha.

Na zaga, Marquinhos, apesar de sua experiência, não passa qualquer tipo de confiança após falhas em momentos cruciais, como na Copa do Mundo de 2022. O seu provável companheiro de titularidade, Éder Militão, é mais um nome que pouco faz sentido ter sido convocado. Isso porque passou quase 10 meses fora dos gramados, após uma ruptura de ligamento no joelho.

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O meio-campo parece ser a posição mais estável, embora ainda careça do brilho de gerações passadas. A profundidade e o talento são pontos de preocupação, especialmente em comparação com equipes históricas do Brasil, como os times de 70, 82, 94 e 2002.

Já no ataque, a escolha de Raphinha e Gabriel Martinelli é controversa, especialmente considerando a titularidade e o desempenho recente de ambos, com as cores do Barcelona e Arsenal, respectivamente. A camisa 10 de Rodrygo também é debatida, dada sua irregularidade.

Afinal, Rodrygo é um talento inconsistente: em alguns jogos brilha como craque, mas em outros passa despercebido. Sua irregularidade pode custar caro com a chegada de Mbappé ao ataque do Real Madrid. Regularidade é essencial para se manter em alto nível. E a 10, que já pertenceu a grandes nomes, como Pelé, Ronaldinho Gaúcho, Sócrates e Zico, é totalmente inaceitável.

E a escolha por Dorival Júnior, é mais uma questionável dentre tantas outras.

O Brasil estreia no dia 24 de junho contra a Costa Rica, e está no Grupo D, junto com Colômbia e Paraguai. A equipe deve avançar de fase, mas enfrentar seleções como Uruguai e Argentina, atual campeã do mundo, no mata-mata pode ser um desafio maior, considerando o momento atual da seleção.

A repercussão das críticas de Ronaldinho Gaúcho destaca um sentimento geral de frustração com a seleção brasileira. A campanha publicitária tocou em pontos sensíveis e trouxe à tona discussões sobre a qualidade e a liderança do atual time. Com a Copa América pela frente, resta ver se a equipe conseguirá reverter esse quadro e resgatar a confiança dos torcedores.

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