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Design de joias é ensinado em workshop na escola Perséfone.lab em São Paulo

Processo artesanal permite confeccionar anéis em prata durante aula experimental

São Paulo

Na alameda Ribeirão Preto, a duas quadras da avenida Paulista, há um sobrado branco com detalhes na cor azul. A casa é sede da Perséfone.lab, uma escola de joalheria que oferece aulas experimentais para confecção de anéis em prata, às terças-feiras, das 19h às 22h, e aos sábados, das 9h às 12h e das 14h às 17h..

A experiência é idealizada por Camila Fontana, que já atuou no mercado editorial e é especializada em joalheria de bancada há mais de 7 anos. O local conta com quatro professores para acompanhamento e orientação durante os processos de produção: Camila, Thales Cavalcante, Gabriela Ramalho e Mauro Cateb.

Um anel de prata, com letra "G" em destaque, em um fundo branco uniforme
Anel com letra martelada feito em workshop da Perséfone.lab - Camila Fontana/Divulgação

"Perséfone é a deusa do submundo e as aulas acontecem abaixo do piso térreo. O mito existe para explicar as estações do ano. Eu queria que fosse uma deusa mulher", afirma Camila, também fundadora da escola. Por vezes, a representação de Perséfone, filha de Zeus e Deméter, a inclui segurando uma romã, o fruto proibido que ela experimentou no submundo.

"A romã tem muitas sementes. A ideia é semear conhecimento, pensando em uma coisa coletiva. Cada ambiente da casa recebe o nome de um deus da mitologia", conta.

O processo para produção dos anéis acontece de forma artesanal. No início da aula, que dura três horas, há uma explicação sobre a composição do material que será utilizado: a prata 950. O número indica a quantidade de prata pura presente na liga e a porcentagem da composição de outros metais (5%, no caso).

As bancadas, feitas em madeira, são equipadas com gavetas e estilheiras, usadas como apoio para limar e lixar as joias. A primeira etapa é medir o diâmetro da peça com uma aneleira e cortar o fio de prata em uma guilhotina. Todo o equipamento é fornecido lá.

Na sequência, um maçarico aquece o material até ficar incandescente para, então, ser resfriado e trabalhado, já que fica mais maleável. Com um martelo de madeira, para não marcar a peça, cria-se o formato arredondado após batidas em um molde circular.

Assim que se chega no formato e tamanho pretendidos, o anel é soldado com uma pequena liga de prata com latão, que une as extremidades da peça (as porcentagens de cada material variam de acordo com o projeto). Antes disso, aplica-se um líquido neon chamado Soldaron, que impede a oxidação e facilita a solda.

"A gente mede a peça de prata e marca com uma caneta. O anel pode ser ajustado aos poucos se aquecermos com fogo novamente", conta Camila.

O próximo passo envolve nivelar e remover as imperfeições das peças. Com um bom acabamento, martela-se uma parte do anel, que irá receber uma letra à escolha do visitante.

"A ideia é carimbar a letra, primeiramente, em testes que acontecem em uma placa de cobre, delimitando o espaço que vai ser marcado no anel", explica a professora. A aula é finalizada com o polimento e limpeza da peça, que sai pronta para uso. As aulas experimentais variam entre R$ 75 e R$ 95 e podem ser agendadas pelo WhatsApp (11) 91096-5245.

Perséfone.lab
Al. Ribeirão Preto, 290, Bela Vista, região central, @persefone.lab. A partir de R$ 75. Agendamentos pelo WhatsApp (11) 91096-5245.

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