Cotações

Por Paulo Santos — São Paulo

Os preços da soja cederam na bolsa de Chicago após subirem quase 2% na véspera. Os contratos da oleaginosa para julho fecharam em queda de 1,73%, para US$ 11,7925 o bushel.

Leonardo Martini, consultor em gerenciamento de riscos da StoneX, avalia que a elevação nos preços de ontem foi exagerada.

“Tivemos um movimento muito mais técnico. Ao olhar todos os fundamentos do mercado, ele segue sendo ‘baixista’, principalmente se a gente considerar que a safra dos EUA está caminhando muito bem”, diz.

Ele também credita o fechamento desta sexta à alta do dólar, que subiu após dados do governo americano indicarem um mercado de trabalho aquecido no país.

Ainda de acordo com Martini, segue no radar dos investidores a medida provisória 1.227/2024, que alterou as regras para utilização de créditos do PIS e Cofins por empresas no Brasil, que mexeu com as cotações da soja no último pregão.

“Como os agentes viram um possível sinal de problema com oferta no Brasil [com a mudança na MP], eles vieram que teriam que buscar produto nos EUA. Mas o mercado ainda está digerindo os impactos da medida nos preços”, observa o analista.

No que diz respeito ao milho, a alta da última sessão também não deve mudar a tendência de queda na bolsa. Nesta sexta, os contratos para julho caíram 0,72%, negociados a US$ 4,4875 o bushel.

Leonardo Martini, da StoneX, acredita que os valores do milho no mercado externo não devem inverter o sinal de baixa para os contratos mais curtos. Na visão dele, a cotação deve seguir pautada pela elevação dos estoques, apesar de um volume de produção um pouco menor para os EUA em 2024/25.

“Para o preço mudar de patamar ele vai depender muito do que acontecer com o mercado climático nos EUA e na Europa. A transição do El Niño para o La Niña pode bagunçar o desenvolvimento das safras ao redor do mundo, e o milho é mais suscetível a intempéries climáticas”, afirma.

Trigo

O preço do trigo emendou uma sequência de quedas na bolsa de Chicago, já que o mercado não tem novas notícias sobre clima ruim para áreas produtoras. Os contratos para julho fecharam em baixa de 1,88% na sessão de hoje, para US$ 6,2750 o bushel. Esse foi o terceiro recuo consecutivo.

Cessaram, momentaneamente, as informações sobre a degradação na safra da Rússia, o maior exportador mundial de trigo. Combinado a isso, a colheita de trigo de inverno começou nos EUA, e como os mapas de clima mostram uma condição favorável, os preços seguiram perdendo fôlego na bolsa americana.

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