O preço da soja no mercado brasileiro caiu na semana passada, com maior pressão de oferta do grão. Os pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) afirmam que o final da colheita no Brasil e na Argentina aumentou a disponibilidade do produto no mercado. E parte dos produtores brasileiros mostrou interesse em vender, já que precisa liberar espaço para o milho nos armazéns.
O que acabou limitando o movimento de baixa foi a alta do dólar. Na semana passada, a moeda americana se valorizou 1,1% em relação ao real. Neste cenário, o indicador do Cepea com base em Paranaguá ficou praticamente estável na sexta-feira, a R$ 138,95 a saca de 60 quilos, em uma sequência de cinco dias abaixo de R$ 140.
A referência baseada nos negócios do Estado do Paraná ficou em R$ 133,73 a saca na sexta-feira, queda de 0,13% no comparativo diário. No acumulado do mês, os dois indicadores ainda têm altas, de 0,84% e 0,35%, respectivamente.
“A demanda externa pela soja brasileira diminuiu na última semana, influenciando também a queda dos prêmios de exportação e dos preços domésticos”, informa o Cepea, em nova, nesta segunda-feira (24/6).
De acordo com o Sim Consult, o prêmio em Paranaguá para julho de 2024 está US$ 0,20 bushel positivo em relação ao valor do contrato para o mesmo vencimento na bolsa de Chicago. Para agosto de 2024, o diferencial é positivo em US$ 0,40 por bushel sobre o preço em bolsa.
Em outras regiões do Brasil, levantamento da Scot Consultoria aponta soja valendo R$ 121 a saca em Luís Eduardo Magalhães (BA); R$ 124, em Rio Verde (GO); R$ 118 em Balsas (MA); R$ 125 no Triângulo Mineiro; R$ 121,50 em Dourados (MS); R$ 120 em Sorriso (MT); R$ 118 em Lucas do Rio Verde (MT); e R$ 124 em Rondonópolis (MT).
Nos portos de Santos (SP) e Rio Grande (RS), a soja é cotada a R$ 141 e R$ 138, respectivamente.