Presente nos Jogos Olímpicos desde 1900, em Paris, o hipismo já rendeu ao Brasil três medalhas olímpicas. Em Atlanta 1996 e Sydney 2000, o país conquistou dois bronzes no salto por equipes. Mas foi em Atenas 2004 que Rodrigo Pessoa escreveu na história do esporte brasileiro o principal capítulo do hipismo ao subir no lugar mais alto do pódio na prova do salto individual - ele também estava nas conquistas coletivas. Pois o cavaleiro brasileiro tentará sua quarta medalha em Tóquio. Atualmente técnico da equipe da Irlanda, Rodrigo busca um cavalo com nível olímpico para se credenciar aos Jogos Tóquio 2020 pelo Brasil.
O Brasil já conseguiu a classificação para o adestramento, o Concurso Completo de Equitação e para a equipe de saltos, graças aos resultados conquistados nos Jogos Pan-Americanos. A seleção foi prata no CCE, bronze no adestramento e ouro na disputa dos saltos.
Apesar do Salto ser mais tradicional no país, o Adestramento e o Concurso Completo de Equitação (CCE) também fazem parte do programa olímpico do hipismo. Com provas por equipes e individuais, cada nação poderá levar para Tóquio no máximo uma equipe composta de três conjuntos por modalidade - os mesmos conjuntos que competem por equipes representam o país nas disputas individuais. Caso a classificação por equipes não aconteça, os países podem recorrer ainda às vagas individuais - no máximo uma por nação. Lembrando que no hipismo as equipes podem ser mistas, representadas por homens e mulheres, que competem de igual para igual.
Classificacação, qualificação e convocação
Nas três modalidades do hipismo, o Brasil poderá se credenciar às Olimpíadas pelos Jogos Pan-Americanos 2019, Copa das Nações 2019 (a melhor equipe) e, num último caso, por meio da qualificação individual. De todas essas oportunidades, é sem dúvida o Pan de Lima o grande momento para o país. Conquistaram vaga para Tóquio 2020 no concurso completo de equitação e adestramento as duas melhores equipes das Américas - as vagas ficaram com Canadá e Brasil. No caso do salto serão três vagas. Os Estados Unidos já se garantiram no salto e no adestramento durante os Jogos Equestres Mundiais de 2018 e não entram no páreo pelas vagas do Pan nessas duas provas, apenas no CCE.
Porém, se conquistada a vaga para Tóquio em alguma dessas competições, ela pertencerá ao país e não ao conjunto - cavaleiro/amazona x cavalo. Fica a cargo da Confederação Brasileira de Hipismo indicar quem vai de fato disputar os Jogos. Esses atletas escolhidos para formar a equipe, no entanto, precisam alcançar o índice de qualificação estipulado pela Federação Equestre Internacional entre 1º de janeiro de 2019 e 1º de junho de 2020. Entenda abaixo algumas particularidades das modalidades.
Salto
Vagas: 75 vagas (três delas destinadas ao Japão - país-sede)
Limites de idade: cavaleiros/amazonas precisam ter no mínimo 18 anos de idade (nascidos até 31 de dezembro de 2002), enquanto os cavalos devem ter no mínimo nove (nascidos até 31 de dezembro de 2011)
Adestramento
Vagas: 60 vagas (três delas destinadas ao Japão - país-sede)
Limite de idade: cavaleiros/amazonas precisam ter no mínimo 16 anos de idade (nascidos até 31 de dezembro de 2004), enquanto os cavalos devem ter pelo menos oito anos (nascidos até 31 de dezembro de 2012).
Concurso Completo de Equitação (CCE)
Vagas: 62 vagas (três delas destinadas ao Japão - país-sede)
Limite de idade: cavaleiros/amazonas devem ter no mínimo 18 anos (nascidos até 31 de dezembro de 2002), enquanto os cavalos pelo menos oito (nascidos até 31 de dezembro de 2012)
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