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Por GloboEsporte.com — Rio de Janeiro

Reuters

Um dos esportes mais antigos do cronograma olímpico, o wrestling, ou luta olímpica, é dividido nos estilos livre (masculino e feminino) e greco-romano (apenas masculino). No estilo livre, os atletas podem atacar o rival em qualquer parte do corpo, enquanto na greco-romana os golpes só podem ser aplicados da cintura para cima. Serão seis eventos que servirão como seletiva para Tóquio 2020. Os brasileiros competem em três destes. Cada país só pode ter um atleta em cada categoria.

A primeira seletiva foi o Campeonato Mundial de 2019, em Astana, no Cazaquistão. Haverá também um pré-olímpico mundial, além dos pré-olímpicos continentais.

No wrestling, os atletas são divididos por peso corporal. Ao todo serão distribuídas vagas em seis categorias em cada um dos três estilos - livre masculino, livre feminino e greco-romano.

Em 2016, o Brasil classificou cinco atletas para os Jogos Olímpicos do Rio, recorde de participantes do país na modalidade. Os representantes foram: Joice Silva (58kg estilo livre feminino), Lais Nunes (63kg estilo livre feminino), Gilda Oliveira (69kg estilo livre feminino), Aline Silva (75kg estilo livre feminino) e Eduard Soghomonyan (130kg estilo greco-romano). O Brasil nunca conquistou uma medalha olímpica no wrestling.

Estilo livre

O objetivo é imobilizar o oponente com as costas para o solo, o chamado encostamento. Esta ação encerra imediatamente a luta. Outras palavras como touché e pin também são utilizadas para denominar o golpe. Caso nenhum dos dois atletas consiga executar o golpe que encerra a luta, a decisão será feita de acordo com a pontuação acumulada ao longo dos dois rounds de três minutos. No estilo livre é permitido o uso das pernas para defender e atacar. Socos, chutes e agressões no rosto não fazem parte do repertório de golpes da modalidade.

Aline Silva (de vermelho) representou o Brasil na categoria 75kg do estilo livre feminino no Rio — Foto: Reuters

Os pontos são atribuídos a todos os tipos de golpes válidos que não caracterizam o encostamento, além de ações como levar o oponente para fora da área de combate e punições por passividade (falta de combatividade). Golpes como defender-se de um ataque e contra-atacar o adversário valem 1 ponto. Mesma pontuação para punições de passividade e ação de levar o oponente para fora da área de combate.

O ato de apenas derrubar o adversário vale 2 pontos. Mesma situação para o lutador cujo oponente é rolado sobre os seus ombros. Há também um golpe que vale 4 pontos. Trata-se da ação de colocar o adversário em posição de perigo em uma queda, que não resulta no encostamento.

Se um dos atletas conseguir abrir vantagem de 10 pontos, ele será declarado vencedor por superioridade técnica. Em caso de empate, vencerá aquele atleta que aplicar o golpe de maior valor. Persistindo a igualdade, o vitorioso será quem pontuar por último. As categorias olímpicas masculinas são: 57kg, 65kg, 74kg, 86kg, 97kg e 125kg. As divisões de peso feminina são: 50kg, 53kg, 57kg, 62kg, 68kg e 76kg.

Estilo greco-romano

O objetivo também é imobilizar o oponente com as costas para o solo, o chamado encostamento. Esta ação encerra imediatamente a luta. Assim como no estilo livre, caso nenhum dos dois atletas consiga executar o golpe que encerra a luta, a decisão será feita de acordo com a pontuação acumulada ao longo dos dois rounds de três minutos. Em caso de empate, será declarado vencedor aquele atleta que aplicar o golpe de maior valor. Persistindo a igualdade, o vitorioso será quem pontuar por último. Socos, chutes e ataques no rosto também não são permitidos.

A grande diferença fica por conta da limitação do uso do corpo durante a luta. No estilo greco-romano, os atletas só podem utilizar tronco e braços para defender e atacar, o que acaba requerendo mais forças dos lutadores, que lutam em posição ereta. Outra diferença é a pontuação necessária para a superioridade técnica. No estilo greco-romano, é declarado vencedor aquele que abrir oito pontos de frente para o seu rival e não 10 como no estilo livre. As categorias olímpicas são: 60kg, 67kg, 77kg, 87kg, 97kg e 130kg.

O cubano tricampeão olímpico Mijain Lopez é a principal estrela da luta greco-romana — Foto: REUTERS/Toru Hanai

O estilo greco-romano também tem as suas particularidades quanto à pontuação. Qualquer suspensão completa no ar executada pelo lutador que está atacando vale 4 pontos caso o adversário caia numa posição de perigo. Se o lutador que está executando a queda de grande amplitude encostar seus ombros no chão na execução do movimento, receberá 4, mas seu adversário ganhará 1 ponto devido ao encostamento instantâneo.

Também serão concedidos 4 pontos ao atleta que executar uma queda de grande amplitude, mas que não coloque o adversário em imediata posição de perigo. A grande atração do estilo greco-romano, porém, são as quedas de 5 pontos. Estas são todas as de grande amplitude executadas na posição em pé, levando o lutador atacado à posição de perigo.

Confira os torneios classificatórios

  • Campeonato Mundial - Astana, Cazaquistão - seis atletas garantem vaga olímpica por categoria (ouro, prata, os dois bronzes e os dois quinto lugares) seletiva africana e da Oceania - local: El Jadida, Marrocos - primeiro e segundo colocados de cada categoria classificam-se para Tóquio 2020 - já realizado
  • seletiva europeia - Budapeste, Hungria - primeiro e segundo colocado de cada categoria classificam-se para Tóquio 2020 - já realizado
  • seletiva asiática - Xi'an, China - primeiro e segundo colocado de cada categoria classificam-se para Tóquio 2020 - já realizado
  • Seletiva Pan-Americana - Ottawan, Canadá - primeiro e segundo colocados de cada categoria classificam-se para Tóquio 2020 - já realizado
  • 6 a 9 de maio - Pré-olímpico Mundial - Sofia, Bulgária - primeiro e segundo colocados de cada categoria classificam-se para Tóquio 2020 - já realizado

Confira os brasileiros já classificados:

- Laís Nunes até 62kg
- Aline Silva até 76kg
- Eduard Soghomonyan até 130kg no estilo greco-romano

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