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- É um orgulho. Independentemente do resultado, o que vale é a experiência. É dura a caminhada, mas é uma oportunidade - disse Gabriel Medina.

Sophia Medina disputou a repescagem contra Brisa Hennessy, atual terceira colocada no ranking da WSL. A brasileira não conseguiu se encontrar nas esquerdas grandes no Point de Itaúna e se despediu da competição, mas a eliminação não foi motivo de tristeza. As derrotas são naturais no esporte, e o crescimento vem da aprendizagem e da experiência nesses tipos de evento. O irmão Gabriel Medina e o pai Charles Medina deram dicas para a Sophia antes e depois da bateria.

- Eles estão sempre comigo, meu e meu irmão. Eu sempre assisti eles conversando antes da bateria e agora são eles conversando comigo. Isso é muito especial. Eles sempre me falam para focar no meu surfe e em qual lugar eu devo cair. Para ir perto de onde o Gabriel surfou. Eles sempre estão me passando dicas para eu ir bem na bateria, mas sempre me tranquilizando. Eles tentam tirar toda a pressão de mim, porque eles sabem como é. Depois da bateria a gente faz até brincadeira. É bem importante para mim - disse Sophia Medina.

Desde 2014, quando Gabriel Medina conquistou o primeiro título mundial da história do Brasil, Sophia olha para o troféu como uma fonte de inspiração. Aquela menina cresceu e hoje briga por vaga no principal circuito de surfe do mundo. A irmão mais velha se espelha em qualidades do tricampeão mundial e sonha em chegar no topo um dia, mas mantém pé no chão, porque sabe que o caminho é árduo e de muito esforço.

- Logo que eu coloquei a Lycra eu vi que tinha o nome "Medina" e foi a primeira vez que competi assim. Quando eu coloquei, eu senti o nome nas minhas costas. E ainda mais um nome que tem peso. Há dez anos eu acompanhei o Gabriel. Em 2014 eu estava bem pequenininha olhando para o troféu dele e, agora em 2024, eu aqui tendo a chance de competir na elite do mundial. Eu tenho muito orgulho de ter esse nome, só quero dar o meu melhor para ter esse nome nas costas por um bom tempo.

O peso do nome nas costas não parece atrapalhar o desempenho da brasileira. Com orgulho, Sophia carrega o nome "Medina" na Lycra de competição pela primeira vez em um evento do CT do Circuito Mundial de Surfe. A irmã mais nova aprendeu com o Gabriel não só com os conselhos, mas também pelas ações do tricampeão mundial de surfe.

O atleta fez um post em homenagem à irmã em suas redes sociais, nesta quarta-feira, exaltando a estreia da irmã e se dizendo honrado de servir como um exemplo em sua vida.

- Ele é fora da curva, fora do normal. Eu sei que talvez eu tenha que me esforçar um pouquinho mais assim e ele já se esforça bastante. Ele sempre fala para eu me esforçar. Até hoje que as condições estava difíceis para mim, é uma esquerda grande. Normalmente eu treino em ondas um pouco mais fáceis, então ele já falou que eu tenho que cair. Sempre quando está Maresias muito grande, eu estou ali na água. Eu levo muito a resiliência dele mesmo. Ele ainda tem três títulos mundiais e ainda corre atrás dos sonhos dele - completou Sophia Medina.