Pelo lado dos donos da casa, Eduardo Baptista está no comando desde 16 de novembro de 2022. Na ocasião, ele foi contratado para recolocar o time na elite do Campeonato Paulista e obteve êxito na missão.

Já Mozart assumiu o Mirassol em 4 de março de 2023, na vaga de Ricardo Catalá, e conduziu a equipe ao histórico sexto lugar na Série B na primeira participação do clube na competição.

Ambos só são superados em tempo de casa por Rafael Guanaes, que assumiu o Operário-PR em 31 de outubro de 2022 e reconduziu a equipe da Série C até a segunda divisão.

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Até aqui, são dois encontros entre os treinadores nas atuais equipes, com uma vitória de Baptista e um empate.

Mas mais do que a proximidade geográfica (Mirassol e Novo Horizonte estão separadas por cerca de 100 quilômetros no interior de São Paulo), os dois técnicos guardam outras coisas em comum. E, é claro, suas diferenças.

Eduardo Baptista assumiu o Novorizontino após uma temporada turbulenta, na qual o clube foi rebaixado no Campeonato Paulista e ficou muito perto da queda também na Série B.

O treinador - que já havia feito um ótimo trabalho no Mirassol - arrumou a casa e, além de devolver a equipe à elite estadual, fez uma campanha histórica na Série B, batendo na trave pelo acesso com a quinta colocação.

O treinador chegou ao Tigre com o discurso de realizar um trabalho a longo prazo após demissões sofridas em pouco tempo à frente de Juventude e Atlético-GO.

Desde então, são 85 jogos no comando do Aurinegro, com um aproveitamento de 56,6%.

Apesar das muitas mudanças no elenco entre as temporadas, Eduardo Baptista se notabilizou por um sólido esquema com três zagueiros. Apesar disso, o time não tem nada de defensivo: além de costumar atuar com três atacantes (com variações), o treinador constantemente utiliza atacantes de ponta nas alas, dando profundidade.

Dessa forma, a equipe virou uma verdadeira pedra no sapato dos chamados times grandes neste ano: venceu Santos (duas vezes) e Corinthians, além de ter eliminado o São Paulo nos pênaltis após um empate no tempo normal.

Já Mozart foi contratado após a primeira demissão de um treinador do Mirassol em 13 anos. Após um início de Série B instável, Ricardo Catalá caiu justamente após uma derrota para o Novorizontino de Eduardo Baptista para dar lugar ao atual comandante. Curiosamente, seu último clube também havia sido o Atlético-GO.

A troca de treinador deu gás e o Leão arrancou para a ótima campanha que, a exemplo do rival, ficou perto de um acesso. No Paulistão deste ano, oscilou bastante e, prejudicada por três derrotas nas rodadas finais, não conseguiu avançar de fase. A campanha, no entanto, foi segura em termos de rebaixamento e Mozart jamais teve o trabalho questionado.

Em 57 jogos, o técnico tem um aproveitamento de 50,2%.

Com boa parte do elenco mantida entre as duas temporadas, o treinador do Leão se consolidou em um esquema com três atacantes: dois de velocidade abertos pelas pontas e um referência centralizado.

Já o meio-campo se notabiliza por contar com jogadores que marcam e jogam. Dessa forma, Mozart tem o elenco na mão e dispõe de atletas de confiança, titulares absolutos e que o acompanham no trabalho há mais de um ano. São os casos de Alex Muralha, Luiz Otávio, Danielzinho, Gabriel e Negueba.

O técnico do Mirassol falou, inclusive, sobre o encontro com Baptista após o empate com o Santos e elogiou o trabalho do próximo adversário.

– Ajustes são sempre necessários. O Novorizontino também está com o mesmo treinador há muito tempo, os dois times estão na parte de cima da tabela. Mostra que os clubes têm convicção do trabalho que está sendo feito. O Novorizontino se assemelha muito mais ao Goiás do que ao Santos, então ajustes precisam ser feitos. Eles têm coisas específicas que fazem muito bem, então temos de nos preparar e descansar. Estamos ansiosos para esse jogo – falou Mozart.