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Por Redação do ge — Curitiba


Guto Ferreira foi apresentado, nesta sexta-feira, oficialmente como novo técnico do Coritiba. Ele retorna ao clube praticamente um ano após ter sido demitido, no final da temporada 2022. Agora o treinador começa a planejar o Coxa para 2024, ano que terá a Série B do Brasileiro como principal desafio.

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– Muito feliz em estar retornando para um dos projetos mais ambiciosos do futebol brasileiro no momento. A gente gosta disso, de desafios como esse, que nos mova a crescer cada vez mais. Em um grande clube, que tem acima do seu escudo uma marca que não é para qualquer um, uma marca de campeão brasileiro – disse Guto Ferreira.

Você aprova Guto Ferreira como novo técnico do Coritiba?

Aos 58 anos, Guto Ferreira se apresentou ao clube nesta semana. Ele acompanhou dos camarotes do Couto Pereira o empate com o Botafogo, por 1 a 1, na quarta-feira, e teve participação na montagem do time para o jogo. Apesar de ter mais dois jogos pela frente (Bragantino, fora, e Corinthians, em casa), o foco está totalmente em 2024.

– Tenho certeza que o torcedor vai estar ao nosso lado, a temporada não foi normal para o clube, mas que a gente vai trabalhar muito para que 2024 possa compensar e colocar o Coritiba no seu devido lugar. O que eu ouvi no momento das nossas conversas para desenvolvimento desse projeto é o que me moveu para estar aqui, fazer o Coritiba em um tempo determinado retornar à condição que já esteve, quando na conquista daquela estrela – prosseguiu.

O último trabalho de Guto Ferreira tinha sido no Ceará, na Série B do Brasileiro, deixando o clube em agosto. O técnico tem passagens por vários clubes do futebol brasileiro, com Goiás, Bahia, Sport, Chapecoense, Internacional e Ponte Preta entre os mais recentes.

Saída do Coritiba em 2022

No ano passado, Guto Ferreira ficou quase quatro meses no comando do Coritiba, conseguindo livrar o time do rebaixamento. Ele trabalhou em 16 jogos, com seis vitórias, dois empates e oito derrotas.

No final da temporada, em dezembro, quando já participava do planejamento para 2023, Guto acabou sendo demitido para a contratação de António Oliveira.

Questionado sobre a saída, Guto Ferreira preferiu não entrar no assunto e deixar isso para trás.

– Essa questão é passado. Já não move mais, não traz benefício nenhum para o projeto do Coxa. É passado, superado, não mexeu com nada na minha pessoa. Temos que olhar para frente, olhar o hoje, o que vem sendo feito, que já começou a temporada de 2024 para o Coritiba – pontuou.

Desta vez, Guto Ferreira assume um Coritiba agora comandado pela SAF e já vê diferença no que tem encontrado no clube.

- A gente vê que muita coisa foi feita, de coisas que faltavam ajustes em termos de estrutura física, de profissionais envolta, distribuição de tarefas, organização – disse.

Guto Ferreira novo técnico do Coritiba — Foto: Reprodução/TV Coxa

Perfil de Série B

A experiência do técnico na Série B foi um dos pontos que a diretoria do Coritiba levou em conta na contratação. Apesar dos acessos com a Ponte Preta (2014), Bahia (2016) e Sport (2019), Guto Ferreira, minimizou essa ligação do próprio nome diretamente com a Série B.

– Ter resultados na Série B não é para qualquer treinador. Mas meus resultados não são só em Série B, também são em Série A, adequados à condição dos grupos que eu tenho em cada momento. Ainda não obtive uma oportunidade em um clube com investimento de chegada numa Série A. Talvez por isso me rotulem como um treinador de resultado na Série B. Mas os projetos que comecei e terminei na Série A, ou que cheguei com um tempo bom, em todos eles nós obtivemos algum tipo de êxito – comentou.

– A minha escolha é sempre, indiferente de ser Série A ou Série B, pela proposta de grandes projetos. As temporadas de 2020 e 2021, trabalhei inteiras em clubes de Série A. Essa questão é muito relativa. Depois trabalhei em clubes de marca forte, de camisa pesada na Série B – prosseguiu.

Reformulação

Guto Ferreira também falou sobre o atual elenco e o trabalho de reformulação para 2024. Ele avaliou que o time pode render mais, mas tem o fator psicológico como principal peso.

– Eu vou falar para vocês o que falei para eles na apresentação: é um plantel que não atingiu a sua plenitude. O porque eu não tenho como responder, não estava aqui, mas a competência é muito grande. Muitas vezes, quando os resultados começam a não acontecer, dentro do futebol começa a vir um declínio de um dos fatores mais importantes, que é a confiança. A confiança minimiza muito o desempenho. E faz você enxergar um jogador que tem uma qualidade bastante grande como muitas vezes como um jogador medíocre - analisou.

- Uma das coisas que a gente precisa trabalhar muito bem é o mental deles. Por isso que falo do apoio do nosso torcedor. Eu enxergo a qualidade do plantel assim, é um grupo muito interessante, mas com desempenho aquém da sua condição. Cabe a nós, trabalhando no dia a dia, recuperar essa confiança, treinar para readequar e coloca-los na sua melhor versão, cada um deles na sua melhor versão - finalizou.

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