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Por Raylane Martins — Curitiba


A Copa do Brasil começa nesta terça-feira com 80 equipes de todas as regiões do Brasil brigando por uma vaga na segunda fase. Na competição mais democrática do futebol brasileiro, os mascotes prometem roubar a cena.

Tem robô, homenagem a cachorro-quente, fantasmas, dinossauro, vaqueiro... A lista é longa, e o ge reúne aqui alguns dos mascotes mais criativos e curiosos.

— Foto: infoesporte/ ge

O ROBÔZÃO

O mascote do Manauara Esporte Clube é um robô que é quase um transformer! E a escolha não foi aleatória. O time das cores preto e laranja tem um escudo em formato de engrenagem, e três estrelas na parte superior que significam indústria, comércio e serviço.

VAQUEIRO BELCHIOR

O Fluminense-PI também fugiu do padrão e, ao invés de um animal, decidiu escolher a figura do nordestino, que representa a força e a coragem da população da região.

Mascote Fluminense-PI, Vaqueiro Belchior — Foto: Neyla do Rego Monteiro

ESSE NÃO PODE FALTAR!

Como a cidade de Itabaiana foi uma grande exportadora de cebolas, os adversários do Itabaiana passaram a denominar os torcedores de “ceboleiros” como provocação. O apelido acabou fazendo sucesso e a torcida assumiu o nome e criou o mascote.

Homem-cebola, do Itabaiana — Foto: Divulgação/Itabaiana

QUE TAL UM CACHORRO QUENTE?

O Maringá não é o único clube brasileiro a investir no cachorro como mascote. Mas você sabe o real significado do "Dogão" do Maringá?

O cachorro vira-lata foi escolhido como mascote para representar a bandeira a favor da causa animal, e o nome, Dogão, foi dado em votação popular, fazendo alusão ao prato típico da cidade de Maringá: o cachorro quente que tem "de tudo", popularmente conhecido por lá como Dogão.

Dogão na Copa do Brasil

Dogão na Copa do Brasil

UM FANTASMA

O mascote do Operário-PR é um fantasma. O clube paranaense fundado em 1912 recebeu o apelido por assombrar os times da capital nos primeiros anos de jogos oficiais. As lendas dizem que os visitantes ficavam assustados com a garra do time e geralmente perdiam as partidas em Vila Oficinas. Na primeira temporada de atividades regulares contra outras equipes, em 1914, o Operário Ferroviário passou o ano todo invicto.

Túnel do Operário-PR no estádio Germano Krüger — Foto: RPC

OUTRO FANTASMA

O mascote do ASA também é um fantasma: o Fantasma de Alagoas. Após boas atuações no campeonato local na década de 1960, o ASA decidiu se aventurar em amistosos no Nordeste e derrotava os adversários por onde passava, assustando as equipes que não sabiam de onde saíra aquele clube desconhecido na região. Dessas excursões surgiu o apelido.

Mascote do ASA, de Alagoas — Foto: Divulgação

POR QUE UM ELEFANTE?

O mascote adotado pelo ABC é o elefante, em homenagem ao Rio Grande do Norte, que tem o mapa no formato de um elefante. Em 2022, o Fantão e o Fantinho ganharam uma companheira: a Fantona entrou para o time.

Fantona, Fantinho e Fantão, ABC — Foto: Bruno Póvoa

QUE CARA TEM UM BICHO-PAPÃO?

O mascote do Paysandu foi criado em 1948 pelo jornalista Everardo Guilhon como “bicho-papão”. O mascote bicolor foi modernizado e humanizado ao longo da história, sendo rebatizado como “Papão da Curuzu”. Hoje, o mascote do clube é o Lobo Mau, que teve o novo visual desenhado por um torcedor em 2021.

Mascote Lobo, Paysandu, Mangueirão — Foto: Wellison Vasconcelos/Paysandu

BODE GREGÓRIO

Há uma versão que diz que um torcedor chamado Gregório frequentava os treinos do Maranhão Atlético Clube nos primeiros anos de sua fundação, sempre acompanhado de seu bode. Outra versão em que o Gregório seria o proprietário de um bar, onde os jogadores faziam suas refeições antes dos jogos. Uma terceira versão também diz que Gregório nem atleticano era, mas teria sido incentivado a levar o bode para acompanhar um jogo, que terminou com vitória atleticana. O desfecho é o mesmo: o bode deu sorte, e se tornou o Bode Gregório.

A ZEBRA CARIOCA

Em meio a tantos leões e tigres, a Portuguesa-RJ tem uma zebra como mascote. Apelidada de Zebra na década de 1960 após uma vitória contra o Vasco, a equipe carioca adotou o animal como mascote e faz jus ao nome.

Jogo entre Vasco e Portuguesa deu origem a expressão "vai dar zebra"

Jogo entre Vasco e Portuguesa deu origem a expressão "vai dar zebra"

ONÇA PINTADA

O Amazonas tem apenas quatro anos de existência e foi campeão da Série C em 2023. O mascote combina com essa história, já que representa força e velocidade. A onça pintada foi escolhida por ser um símbolo da fauna brasileira normalmente visto na Região Norte, que está no topo da cadeia alimentar, e que é o maior felino do continente americano.

Mascote Amazonas — Foto: Jadison Sampaio

NEM ONÇA, NEM TIGRE

O Volta Redonda também foi bem criativo na escolha do mascote. O mascote oficial do Esquadrão de Aço é a jaguatirica, escolhida através de uma votação de torcedores pela internet.

Mascote do Voltaço é "vacinado" em Volta Redonda

Mascote do Voltaço é "vacinado" em Volta Redonda

O REI DOS MARES

O nome do time é Água Santa, então nada mais justo que um mascote que tem a ver com mar. O mascote do Água Santa é o Netuno, desde 2011. A Arena Inamar, casa do Água Santa, tem duas gigantescas caixas d'águas ao lado, o que deixa o mascote ainda mais representativo para a torcida.

Netuno, mascote do Água Santa — Foto: Divulgação

VERDÃO DO SERTÃO

O Sousa Esporte Clube, da Paraíba, tem um dinossauro verde como mascote. O Parque Nacional do Vale dos Dinossauros está no município de Sousa, e por isso o "Dino" foi escolhido para representar o Verdão do Sertão.

Dinossauros em Sousa, na Paraíba — Foto: Camila Sousa

CACHOPINHA

Cachopa, ou Cachopinha, é um sinônimo para moça, ou mocinha. Uma das poucas mascotes feminina do futebol brasileiro está na Portuguesa Santista. Ela também é chamada pelos torcedores de Briosa.

Cachopinha, mascote da Portuguesa Santista — Foto: Divulgação/Portuguesa Santista

GAÚCHO, BAH!

O Caxias tem dois mascotes: o falcão e o Bepe. O falcão Bravo simboliza bravura, e o Bepe, que surgiu na década de 1990 através de um colunista, é um gringo fanfarrão que adora vinho, mesa farta e futebol.

E FORA DA COPA DO BRASIL?

Alguns mascotes diferentões ficaram de fora da competição neste ano. O pé quente, por exemplo, mascote do Novo Hamburgo. Como o time foi fundado por funcionários de uma fábrica de calçados, na Capital Nacional do Calçado, nada mais justo que o mascote ser um sapato, chamado de "pé quente" ou "sapatão".

Assim como o ABC, o Linense também tem um elefante como mascote. As lendas dizem que, em 1952, o Linense conseguiu o título de campeão da Segunda Divisão do Campeonato Paulista e a festa foi tão grande que os jogadores chegaram a desfilar em cima de elefantes que se apresentavam em um circo da cidade.

Em Camboriú, Capital do Mármore, o homem de pedra é o mascote do Camboriú. Já o mascote do Bangu é um castor em alusão ao bicheiro Castor de Andrade, famoso e poderoso organizador do “jogo do bicho” e presidente de honra do clube a partir da década de 1960. Por fim, o mascote do Sergipe é um demônio, o Diabo Rubro.

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