O ataque do Sport vive um momento negativo. Principal jogador do setor, artilheiro do Leão na temporada com expressivos 14 gols, Gustavo Coutinho completa, nesta quarta-feira, um mês sem balançar as redes. Zé Roberto, por sua vez, completou dez jogos de jejum.
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Em convívio com uma série de desfalques por lesões e suspensões, além de mudanças obrigatórias na equipe (a exemplo das saídas de Alan Ruiz e de Pedro Lima), o técnico Mariano Soso tem encontrado dificuldades para solucionar o problema. Não por omissão.
Nos últimos três jogos, por exemplo, desde a saída do lateral Pedro Lima, importante válvula de escape pela direita, e da lesão de Romarinho, atleta que fazia função importante pela esquerda, Soso fez uma série de tentativas de ajuste no setor ofensivo.
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Contra o Mirassol, Zé Roberto ganhou a posição de Gustavo Coutinho. No jogo seguinte, contra o Ceará, o camisa 99 esteve suspenso e Coutinho voltou à equipe.
Na última partida, na derrota em casa para o Novorizontino, os dois atuaram juntos. Nenhum dos formatos fez evoluir o desempenho de ambos.
- A convivência de Zé e Coutinho teve relação com a linha de três do adversário (Novorizontino). Tenho argumentos e ele perde força quando não dá certo. Mas, principalmente, tenho que gerar contextos favoráveis para que eles convivam melhor e aumentem a capacidade de equipe - disse o treinador.
"Tento fazer interação entre eles (Gustavo Coutinho e Zé Roberto) para produzirem o melhor. O rendimento dos jogadores está relacionado também às interações que acontecem dentro de campo e eu sou responsável", complementou Soso.
Gustavo Coutinho, atacante do Sport — Foto: Marlon Costa/Pernambuco Press
O último jogo também marcou a volta de Barletta, recuperado de lesão, após ficar quatro jogos fora de ação. Numa função diferente, similar a de um lateral-esquerdo.
- Mas isso não deu certo e isso é uma responsabilidade do treinador. Foi uma tentativa frustrada optar por Barletta na lateral - admitiu Mariano Soso sobre a estratégia com Barletta.
Barletta, atacante do Sport — Foto: Paulo Paiva / Sport Recife
Mariano Soso também tem buscado outras alternativas que não têm funcionado ofensivamente: casos de Pablo Dyego, Vini Farias, Pedro Vilhena e de Tití Ortiz.
Contra o Novorizontino, a alternativa tentada foi com atacante Diego Costa, oriundo da base, que fez a estreia no profissional aos 19 anos. Apesar dos poucos minutos em campo, acabou elogiado por Soso como um atleta que "tem perfil para contribuir".
Porém, a última vez que o setor ofensivo fez um jogo, de fato, consistente foi contra o Brusque, vitória por 4 a 1, com gols de Coutinho, Tití Ortiz e dois de Barletta.
Zé Roberto, atacante do Sport — Foto: Paulo Paiva / Sport Recife
Desde então, nos últimos nove jogos, o Sport só marcou seis gols. Uma média de 0,6 gol/jogo - menos da metade da média da temporada (1,53 gol/jogo).
Neste recorte de nove partidas, marcaram pelo Leão o meia Alan Ruiz, o lateral Rosales, e os atacantes Barletta e Coutinho (um, cada), e o volante Fabrício Domínguez (dois).
Jejum dos atacantes do Sport*:
- Gustavo Coutinho: cinco jogos sem marcar (último gol diante do Fortaleza, no dia 26 de maio);
- Zé Roberto**: dez jogos sem marcar (último gol diante do ABC, no dia 23 de março);
- Romarinho (atualmente lesionado): dez jogos sem marcar (último gol diante do Amazonas, no dia 20 de abril);
- Barletta: dois jogos sem marcar (último gol diante do Atlético-MG, no dia 22 de maio);
- Tití Ortiz***: oito jogos sem marcar (último gol diante do Brusque, no dia 11 de maio);
- Lucas Lima***: 27 jogos sem marcar (último gol diante do Itabaiana, no dia 14 de fevereiro);
- Pedro Vilhena***: 15 jogos sem marcar (último gol diante do Afogados da Ingazeira, no dia 29 de janeiro).
*Vini Farias (sete jogos) e Pablo Dyego (17 jogos) não fizeram gols pelo Leão
** Zé Roberto esteve no período cerca de um mês afastado por lesão
*** Não são atacantes de origem, mas meias ofensivos
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