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Por João de Andrade Neto — Recife


Os três últimos anos têm sido de sofrimento para o torcedor do Náutico no que diz respeito ao Campeonato Brasileiro.

Após ter sido rebaixado como lanterna da Série B em 2022 e não passar da primeira fase da Série C no ano passado, o clube começa a flertar com a zona de rebaixamento na atual edição da Terceirona, ocupando apenas o 14º lugar, com dois pontos acima do Z-4.

Histórico que também chama atenção para outro dado negativo. Afinal, nesses três anos, o Náutico tem o dobro de derrotas com relação ao número de vitórias.

Náutico foi derrotado nos Aflitos pelo Floresta — Foto: Marlon Costa/Pernambuco Press

Desde a estreia com derrota na Série B de 2022 para o Londrina, fora de casa, até o revés da última segunda-feira para o Floresta-CE, nos Aflitos, o Náutico entrou em campo 65 vezes pelo Campeonato Brasileiro.

E desse universo, saiu de campo como vencedor em apenas 16 oportunidades. Por outro lado, empatou 17 vezes e foi derrotado em 32 partidas. Um aproveitamento geral de apenas 33,3%.

Náutico está mais perto da zona do rebaixamento do que do grupo de classificação à segunda fase

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Vale destacar que a maior parte dessas derrotas faz parte da campanha do rebaixamento em 2022. Foram 22 ao todo.

Mas a atual campanha também chama atenção, uma vez que já soma as mesmas quatro derrotas obtidas em todos os 19 jogos da primeira fase da Série C do ano passado. Este ano, o time entrou em campo apenas oito vezes pela competição.

"Esses números são mais uma comprovação da perda de relevância esportiva nacional do Náutico nesses últimos anos. Não como clube. Essa grandeza é conquistada por décadas e não se perde em poucos anos, mas esportivamente o Náutico tem deixado de ser uma equipe de trânsito entre Séries A e B e, hoje, parece mais perto de disputar uma Série D do que voltar à primeira divisão nacional", analisou o comentarista Cabral Neto.

- O Náutico precisa dar uma guinada na forma como pensa seu futebol. Está evidente que os erros se repetem e se tornam cada vez maiores e mais maléficos pra sua trajetória em campo. É inaceitável que um clube desse tamanho se permita perder o dobro dos jogos que vence, seja em qualquer recorte histórico que se faça o levantamento - completou Cabral.

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