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Por Redação do ge — Eugene, Estados Unidos


A seletiva olímpica do atletismo dos Estados Unidos é conhecida pelo alto nível das disputas. E, no último domingo (30), um recorde foi derrubado. Nikki Hiltz fez o melhor tempo da história da competição nos 1500 metros feminino, com 3min55s33 – quase três segundos abaixo da marca anterior, de 3min58s03. Com o resultado, Nikki conquistou a vaga em Paris e será a primeira pessoa trans não-binária a representar os EUA nas Olimpíadas.

Nikki Hiltz ao vencer qualificatória olímpica do atletismo dos Estados Unidos — Foto: Patrick Smith/Getty Images

Pessoas trans não-binárias são aquelas que não se identificam com o gênero designado no nascimento (no caso de Nikki, o feminino) nem se encaixam em padrões estabelecidos para feminino e masculino. Esses indivíduos podem ter identidade que combina os dois gêneros ou se ver fora de ambos.

Quinn, da seleção feminina de futebol do Canadá, foi a primeira pessoa abertamente trans não-binária a participar dos Jogos Olimpícos, em Tóquio 2020. Saiu, inclusive, com a medalha de ouro, até então inédita para canadenses na modalidade. Tentará mais um pódio em Paris.

Canadá venceu a Suécia na final das Olimpíadas de Tóquio

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Logo depois de vencer a qualificatória dos Estados Unidos, Nikki Hiltz destacou que a importância de sua vaga olímpica ia além das pistas ou da própria expectativa pessoal:

– É maior do que eu. (Domingo, 30 de junho) É o último dia do Mês do Orgulho. Queria correr pela minha comunidade. A todos os meus amigos LGBT, vocês me trouxeram pelas últimas centenas de metros. Eu podia sentir o amor e o apoio.

Nikki tem liberação para estar nas Olimpíadas porque nunca fez terapia hormonal e não se enquadra em restrições impostas pela World Athletics a competidores transgênero. Em março de 2023, a entidade que rege o atletismo mundial divulgou algumas novas regras. Disputas femininas não podem contar com mulheres que iniciaram a transição depois de passarem pela puberdade masculina, por exemplo.

Nikki Hiltz depois de garantir vaga nas Olimpíadas de Paris — Foto: Christian Petersen/Getty Images

Na época, Sebastian Coe, presidente da World Athletics, comentou a medida e disse que ela não era definitiva:

– Decisões que envolvam necessidades e direitos conflitantes entre grupos distintos são sempre difíceis. Continuaremos com a visão de que devemos manter a justiça para as atletas femininas acima de todas as outras considerações. Vamos nos guiar pela ciência no tocante à performance física e à vantagem masculina que, inevitavelmente, se desenvolverá nos próximos anos. Conforme mais evidências forem aparecendo, revisaremos nossa posição, mas acreditamos que a integridade da categoria feminina no atletismo é fundamental.

A World Athletics ainda garantiu que ouviria atletas transgênero para definir os rumos do esporte.

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