André Borges, advogado de defesa do acusado, disse que o cliente está passando por vários atendimentos e procedimentos de saúde, por isso pode não ter sido encontrado pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul.

"Ele não foi citado até essa manhã. A saúde dele tá muito complicada, ele tá fazendo vários tratamentos médicos pro coração, diabetes, coluna, a perna que tá doendo. Esse período na prisão prejudicou muito a saúde dele", completou.

A denúncia foi apresentada há 14 dias, exatamente em 6 de junho, desde então Cezário e os outros 11 acusados precisam ser citados pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul para então apresentarem uma defesa prévia e seguir o curso do processo.

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"O juiz do caso analisa primeiro se recebe ou não a denúncia. O juiz acatando, eles se tornam réus e é marcada a data do julgamento", explicou André.

Entre os outros acusados, Aparecido Pereira, Francisco Carlos Pereira, Marcelo Mitsuo, Umberto Pereira, Valdir Pereira, Rudson Bogarim, Jamiro Rodrigues, Marco Antônio Tavares, Marcos Paulo Tavares, Marco Antônio de Araújo e Luiz Carlos de Oliveira, André disse que "soube de alguns que foram citados". A reportagem do ge MS não recebeu resposta sobre os demais.

Em liberdade provisória desde o dia 6 de junho, por habeas corpus concedido pela desembargadora Elizabete Anache do TJMS, após ser internado no Hospital da Cassems e passar por cateterismo, Cezário aguarda o julgamento de mérito da decisão pelo Tribunal.

"Estamos na expectativa. Provável que aconteça na quinta-feira da semana que vem, mas não tá marcado ainda, estamos aguardando a inclusão na pauta", adiantou André Borges.

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A decisão será julgada, segundo André Borges, por uma câmara criminal do Tribunal de Justiça de MS, formada por três desembargadores, que avaliam se mantém ou não a liminar de liberdade.

"Se não manter volta pra prisão, se manter ele tá solto até a tramitação do processo", explicou.

O Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul (MP-MS) denunciou, no dia 6 de junho, o presidente afastado da Federação de Futebol do Estado (FFMS), Francisco Cezário de Oliveira, e outras 11 pessoas por suspeita de desvio de R$ 6 milhões da entidade.

A investigação feita pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) aponta Cezário como suspeito de cinco crimes: peculato (desvio de dinheiro ou bem público), furto qualificado, organização criminosa, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.

O Gaeco deflagrou a Operação Cartão Vermelho no dia 21 de maio, contra crimes de lavagem de dinheiro e desvio de recursos da Federação. A operação cumpriu sete mandados de prisão preventiva, além de 14 mandados de busca e apreensão, em Campo Grande, Dourados e Três Lagoas.

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