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Início do Estadual traz polêmica sobre garrafas de água nos estádios
Após a proibição da entrada de torcedores com garrafa de água plástica no Estádio Douradão, no domingo (21), a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) alertou que a organização dos jogos “não pode negar o acesso à água aos consumidores que estejam portando garrafas em recipiente autorizado”.
O caso aconteceu na partida entre Dourados e Corumbaense, pela primeira rodada do Campeonato Estadual de Futebol Série A e, na ocasião, os torcedores tiveram que comprar água no bar do estádio, por R$ 5 cada. O líquido era entregue em copos plásticos.
Conforme o gerente de segurança do Douradão, Eriobaldo Pimentel, o acesso com garrafas de plástico foi proibido por orientação da Polícia Militar, que segue as diretrizes da Lei Geral do Esporte. No artigo 159 da lei consta: "não portar materiais que possam ser utilizados para a prática de atos de violência".
Garrafas com água transparentes também foram proibidas. — Foto: Thalyta Andrade/TV Morena
De fato, para a Senacon, o trecho deixa claro a proibição, no entanto, é preciso ponderar a situação. Sobretudo após a Portaria Nº 35, de 18 de novembro de 2023, que estabelece a permissão para entrada de garrafas com água em "shows, festivais e quaisquer eventos especialmente expostos ao calor".
"Nesse contexto, é importante salientar que a restrição mencionada refere-se a materiais que possam ser utilizados como instrumentos de violência e não se aplica diretamente às garrafas plásticas de água. Portanto, com base na legislação mencionada, entendemos que é permitida a entrada de garrafas d'água em estádios durante eventos esportivos, desde que estejam em recipiente autorizado pela organizadora do evento", pontuou a Secretaria.
A finalidade, segundo o órgão, é garantir o acesso à água para o conforto e a segurança dos espectadores, ainda mais em eventos em que os expectadores ficam expostos a altas temperaturas.
O vice-presidente da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul (FFMS), Marco Antonio Tavares, disse que havia um combinado de liberar a entrada com garrafas de água mineral sem tampa. O que não aconteceu.
A divergência na proibição, segundo Eriobaldo, se deu por "falta de comunicação" com os seguranças que estavam no estádio.
"Isso aí é um problema de quem estava na portaria, não entendeu o recado. Eu tenho impressão que a própria direção do clube deve encontrar uma solução pra que não aconteça mais", disse.
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