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Por Redação ge


Após o fim da temporada 2020 da Fórmula 1, a categoria assumiu o compromisso de sustentabilidade proposto pela Federação Internacional do Automobilismo (FIA) e adotará importantes mudanças em 2021, incluindo o uso de combustíveis sustentáveis e a neutralização do consumo de carbono visando tornar-se carbono zero até 3030.

A medida, aprovada nesta semana na Assembleia Geral Anual da FIA, faz parte dos esforços em parceria com a Organização das Nações Unidas (ONU) e o Comitê Olímpico Internacional (COI) com base no Acordo de Paris, tratado assinado por 195 países com intuito de frear o aquecimento global.

Largada do GP de Sakhir de Fórmula 1 — Foto: Getty Images

Os barris dos novos combustíveis, produzidos com resíduos biológicos, já foram entregues às fabricantes da F1 (Mercedes, Ferrari, Renault e Honda) para testes que miram o uso já na próxima temporada e, até 2030, em todos os campeonatos regidos pela FIA. As medidas terão como pilares as ações climáticas, o investimento em tecnologia e inovação e a adesão de práticas sustentáveis.

A entidade pretende desenvolver programas de treinamento e apoiar iniciativas de sustentabilidade no esporte, além de incentivar que as categorias meçam sua pegada ecológica e dêem início aos planos de eletrificação e aplicação de outras tecnologia verde nos campeonatos, com a intenção de já reduzir o consumo de carbono em 20% até 2025.

Atualmente, embora faça uso de motores híbridos desde 2014, a F1 utiliza gasolina, um combustível fóssil, indo na contramão de categorias como a Fórmula E, cujos carros possuem sistemas elétricos, e a IndyCar, que utiliza etanol (biocombustível) nos motores e adotará os sistemas híbridos em 2023.

- A FIA assume a responsabilidade de liderar o esporte motor e a mobilidade em um futuro de baixo carbono para reduzir os impactos ambientais de nossas atividades, contribuindo para um planeta mais verde. Ao desenvolver combustível sustentável feito de resíduos biológicos que podem alimentar a Fórmula 1, estamos dando um novo passo - declarou o presidente da entidade, Jean Todt.

Fabricantes das unidades de potência testarão e validarão novos combustíveis da F1 — Foto: Mark Thompson/Getty Images

As unidades híbridas de potência devem ser mantidas na F1 até 2026; no entanto, o diretor-esportivo da categoria, Ross Brawn, garantiu que elas também devem passar por melhorias alinhadas aos esforços pela sustentabilidade adotados pela FIA a partir do próximo ano:

- A Fórmula 1 há muito serve como plataforma para a introdução de avanços no mundo automotivo. Nossa prioridade de sustentabilidade agora é a construção de um roteiro para o motor híbrido que reduza as emissões e tenha um benefício real para os carros de rua e acreditamos ter a capacidade de fazer isso com um motor que combina tecnologia híbrida e combustíveis sustentáveis.

Mercedes se comprometeu a zerar suas emissões de carbono até o fim de 2020 — Foto: Mario Renzi - Formula 1/Formula 1 via Getty Images

Em 2019, a categoria já havia manifestado a intenção de eliminar o consumo de carbono de seus eventos até 2030. Oito anos antes, porém, a McLaren já havia início ao processo de neutralização da emissão de carbono; no início de 2020, foi a vez da Mercedes - cujas práticas já eram pautadas na sustentabilidade - colocar o fim deste ano ano como prazo para zerar suas emissões de carbono.

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