NA PONTA DOS DEDOS: Rafael Lopes e Luciano Burti fazem a prévia do GP da Inglaterra
A F1 e a Mission 44, instituição criada por Lewis Hamilton há três anos, trabalharão juntas a partir de agora com objetivo de fomentar a diversidade no esporte. A organização não-governamental do heptacampeão será a primeira apoiada de forma oficial pela categoria, que já promoverá durante o GP da Inglaterra um evento de networking para estudantes.
- Grande! Estou tão animado com o que está por vir - celebrou o piloto, pelas redes sociais.
A Mission 44 foi fundada há exatos três anos por Lewis Hamilton, em julho de 2021, antecedendo outro esforço do piloto: a Comissão Hamilton, que analisou motivos para a falta de diversidade étnico-racial no automobilismo. O estudo em parceria com a Real Academia Britânica de Engenharia comprovou que só 1% de funcionários na F1 são não-brancos.
O piloto investiu 20 milhões de libras no projeto, cerca de R$ 121 milhões; concomitantemente, a Mercedes também criou a iniciativa Ignite ("Ignição", em português), que atua com o mesmo objetivo de tornar cargos técnicos mais acessíveis para minorias no automobilismo.
A ONG fundada pelo heptacampeão já promoveu atividades no GP dos Estados Unidos em Austin, e na edição passada da prova em Silverstone, além do Brasil.
Em São Paulo, jovens da Uneafro Brasil, do Centro Educacional Assistencial Profissionalizante (Ceap) e da Ação Educativa foram convidados para o paddock do Autódromo de Interlagos, conheceram mais dos bastidores do esporte, conversaram com engenheiros da Mercedes e o próprio Hamilton, e detalharam ao piloto a realidade da geração brasileira.
- Quando Lewis Hamilton lançou a Mission 44 há três anos, foi com a ambição de criar um futuro mais justo e inclusivo para os jovens de todo o mundo. Juntamente com a Fórmula 1, poderemos aumentar a conscientização e o acesso às oportunidades de carreira no automobilismo, para que os jovens, independentemente de suas origens, possam ter sucesso - detalhou o CEO da ONG, Jason Arthur.
A Mission 44 pretende estabelecer, em até dois anos, iniciativas voltadas em especial para estudantes no Brasil - também em outras cidades, como o Rio de Janeiro.
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