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Por Redação ge — Rio de Janeiro


NA PONTA DOS DEDOS: Rafael Lopes e Luciano Burti falam das regras de 2026 e preveem GP da Espanha

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Oitava colocada no campeonato de construtores da F1 em 2024 com apenas cinco pontos, a Alpine optou por um caminho pouco ortodoxo para tentar dar a volta por cima: a equipe anunciou como consultor executivo Flavio Briatore, figura central no escândalo do Singapuragate - a manipulação do resultado do GP de Singapura de 2008, que tirou Felipe Massa da liderança e propiciou a vitória de Fernando Alonso, impactando ainda o resultado da temporada vencida por Lewis Hamilton.

Empresário italiano Flavio Briatore marca presença no GP de Abu Dhabi ao lado de Maria Sharapova — Foto: Reuters

Briatore estava oficialmente fora da F1 há 15 anos. Em 2009, quando chefiava a Renault, foi julgado e banido de forma vitalícia pelo episódio. No entanto, o Tribunal de Grandes Instâncias de Paris, na França, determinou que a decisão da Federação Internacional do Automobilismo (FIA) era ilegal, assim como o banimento do diretor-técnic Pat Symonds, por cinco anos.

Desde então, o italiano passou a ser visto algumas vezes no paddock da categoria além de ter ocupado o cargo de empresário de Alonso. Ele também já gerenciou as carreiras de Mark Webber, Heikki Kovalainen, Jarno Trulli e Nelson Piquet Jr - que bateu intencionalmente no GP de Singapura em 2008 e deixou a F1 no fim do ano seguinte.

Flavio Briatore foi banido da Fórmula 1 depois do Singapuragate — Foto: Getty Images

A crise da Alpine vem se acentuando desde o fim do ano passado, primeira temporada sem Alonso após dois anos de parceria; foram demitidos o então diretor-executivo Laurent Rossi, o chefe de equipe Otmar Szafnauer, o diretor-esportivo Alan Permane e o diretor-técnico Pat Fry.

No começo de 2024 a situação piorou; o time abriu o campeonato sem pontuar e, ainda no fim de semana do GP do Bahrein, recebeu os pedidos de demissões do diretor-técnico Matt Harman e o chefe de aerodinâmica Dirk de Beer.

Como consequência, o time se reestruturou com Joe Burnell, David Wheater e Ciaron Pilbeam assumindo cargos de chefia técnica, respectivamente, nas áreas de engenharia, aerodinâmica e desempenho - subordinados ao CEO e chefe de equipe interino Bruno Famin.

Atual chefe da Alpine, Bruno Famin conversa com Stefano Domenicali no paddock de Miami — Foto: Song Haiyuan/MB Media/Getty Images

Em maio, mais uma baixa: o diretor de operações Rob White deixou o time após 20 anos de atuação na Renault (marca que controla a Alpine e foi, antes, uma equipe de F1).

Nas pistas, o cenário seguia ruim; só no GP de Miami, sexta corrida da temporada, Pierre Gasly conquistou um décimo lugar e o primeiro ponto da montadora francesa; hoje, ele e seu colega e declarado desafeto Esteban Ocon, possuem cinco ao todo.

A relação entre os pilotos também não contribui com o quadro geral na Alpine: no fim do último mês, Ocon foi punido pela F1 após causar uma colisão com Gasly na largada do GP de Mônaco. Depois do episódio, a equipe anunciou que não renovaria o contrato do francês - que já não possui uma relação amistosa com o compatriota mesmo antes de correrem juntos na categoria.

Infos e horários do GP da Espanha da F1 2024 — Foto: Infoesporte

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