Velocidade, vitórias e títulos acompanham a trajetória de Max Verstappen nas pistas. Tricampeão mundial de Fórmula 1, ele leva o automobilismo no sangue, e quem pensa que a herança é apenas do pai, Jos, está enganado. Neste Dia das Mães celebrado no Brasil, o ge conta a história de Sophie Kumpen, mãe do piloto holandês, campeã de kart nos anos 1990 contra pilotos da F1 e que largou a carreira para criar o filho.
Sophie Kumpen, mãe de Max Verstappen, já foi campeã de kart — Foto: Reprodução
O esporte estava no sangue da família Kumpen, da Bélgica. O pai, Robert, não se sentava no cockpit para controlar as máquinas, mas era presença constante nos bastidores. Ele esteve envolvido no crescimento de muitas corridas de kart pela Europa, mas voltou as atenções para o futebol, onde foi presidente do Genk. O tio de Sophie, Paul Kumpen, foi piloto de rally, e o primo, Anthony Kumpen, esteve nas 24 horas de Le Mans e na Nascar.
Foi em 1986 que Sophie competiu pela primeira vez no kart. Aos 11 anos, a jovem piloto foi às pistas com o apoio da família. Ela cresceu na categoria até disputar o Campeonato Mundial de Fórmula A de 1991, quando tinha apenas 16 anos. Na competição, a belga terminou na 9ª colocação geral. O bom desempenho de Kumpen seguiu nas pistas durante a década de 1990. Ela disputou diversas categorias e torneios de kart contra pilotos que chegariam à Fórmula 1, como Jarno Trulli e Jenson Button, campeão da Fórmula 1 em 2009. O italiano, inclusive, foi derrotado por Sophie em 1995.
Em Parma, na Itália, Trulli largou na segunda posição do Trofeo Andrea Margutti, atrás de Giuseppe Palmieri com a pole position. A piloto belga começou a corrida em terceiro e buscou a vitória da competição. Sophie Kumpen fez 25 voltas em 19m34s053 e conquistou o título no kart.
Resultado do Trofeo Andrea Magutti de 1995, que teve Sophie Kumpen, mãe de Max Verstappen, como campeã — Foto: Trofeo Andrea Magutti
Aos 20 anos de idade, Sophie Kumpen estava no caminho de uma carreira vitoriosa no automobilismo. Para Christian Horner, atual chefe da RBR e contemporâneo da belga, “ela estava entre os dez melhores pilotos de kart do mundo”. Button também não poupou elogios.
- Sophie, a mãe de Max, era uma piloto fantástica. Quando eu estava correndo de kart em 1995, ela era minha companheira de equipe, então eu vi a pilotagem dela. Eu sabia o quão boa ela era – disse Jenson Button, campeão da F1 em 2009.
Mãe de Max Verstappen, Sophie Kumpen teve carreira no kart — Foto: IMAGO/PanoramiC
No mundo do automobilismo, Sophie conheceu Jos Verstappen, piloto da F1 entre 1994 e 2003. Eles se casaram e tiveram o primeiro filho, Max, em 1997. A carreira de Kumpen parou com o nascimento do primogênito, que herdou o talento da mãe. O casamento chegou ao fim em 2008 com uma batalha judicial que terminou com Jos inocentado da acusação de ter agredido a ex-esposa.
Com os filhos Max e Victoria já adolescentes, Sophie Kumpen voltou às pistas em 2013 na disputa da Formido Swift Cup. Em uma das últimas etapas da temporada, no Circuito de Zandvoort, na Holanda, ela bateu e quebrou uma vértebra. Esse foi o fim da carreira da belga.
Max Verstappen no colo da mãe Sophie — Foto: Reprodução
A aposentadoria definitiva da mãe ocorreu em um período de crescimento de Max Verstappen pelas categorias de monopostos. Dois anos depois do fim da carreira de Sophie Kumpen, o filho prodígio estreou na Fórmula 1 pela Scuderia Toro Rosso. Em 2016, já na RBR, Max conquistou a primeira vitória na F1.
Max Verstappen já conquistou três títulos mundiais da Fórmula 1 e soma de 58 vitórias e 103 pódios na categoria mesmo só com 26 anos. O piloto holandês segue na RBR e lidera a atual temporada da F1 com quatro vitórias em seis etapas disputadas.
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