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Max Verstappen

Em 2023, o tricampeão conquistou 575 pontos, 92% dos 620 disponíveis para um piloto em todas as 22 corridas do ano, mais os pontos extra de volta mais rápida e os oito de cada uma das seis corridas sprint da temporada.

A marca estabeleceu um recorde inédito na F1, mesmo sob o atual sistema de pontuação, introduzido em 2010. O recorde em números já pertencia a Max: ele fez 454 pontos em 2022, quando superou os 413 do rival Lewis Hamilton na temporada 2019.

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Falando em porcentagem, porém, os 92,7% de Verstappen ainda o deixam atrás de outros sete pilotos, como Alberto Ascari (1952) e Jim Clark (1963, 1965). Os veteranos obtiveram 100% da pontuação máxima disponível para um piloto em cada temporada - à época, apenas os quatro (Ascari) e seis (Clark) melhores resultados eram contabilizados para o Mundial. Na era moderna da F1, entretanto, Max é o primeiro.

Sergio Pérez, companheiro de Verstappen na RBR, conquistou seu primeiro vice-campeonato em 2023, em sua terceira temporada com a equipe austríaca. E, se ele começou o ano com chances reais de bater o colega de equipe, essa possibilidade se foi com o passar do tempo - e se transformou em uma diferença de 290 pontos, histórica na F1.

A vantagem de Verstappen desbancou o recorde de Sebastian Vettel, que cravou 155 pontos sobre o vice Fernando Alonso, em 2013.

Quando conquistou seu tricampeonato antecipadamente no GP do Catar em outubro, Verstappen já era o quinto maior vencedor da F1, com 49 triunfos. De lá para cá, o holandês estendeu sua hegemonia e terminou 2023 com 54 conquistas, sendo a última no GP de Abu Dhabi que encerrou a temporada.

A marca o fez ultrapassar Vettel e se estabelecer como o terceiro maior vencedor de todos os tempos na categoria. À sua frente estão dois nomes de peso: Michael Schumacher, com 91 triunfos, e o atual rival Lewis Hamilton, líder do ranking com 103 vitórias.

Nenhum piloto foi tão dominante quanto Verstappen. Das 22 corridas da temporada, o holandês venceu 19, superando o recorde estabelecido por ele mesmo em 2022 (15 de 22 rodadas); este, por sua vez, desbancou marcas de Michael Schumacher e Sebastian Vettel: os alemães multicampeões venceram 13 vezes em 2004 e 2013 respectivamente.

Falando de porcentagens, Max triunfou em 86,3% das corridas de 2023. O número o coloca à frente de Alberto Ascari, que antes sustentava o recorde de aproveitamento, registrado em 1952, com 75%. A nova marca estabelece o holandês como dono da temporada mais hegemônica de todos os tempos na F1.

A marca que antes pertencia a Vettel com seus nove triunfos sucessivos em 2013, foi superada no GP da Itália deste ano por Verstappen. No Autódromo de Monza, o holandês faturou sua décima vitória consecutiva da temporada - marca que só não estendeu porque Carlos Sainz, da Ferrari, venceu a etapa seguinte em Singapura.

Vale reforçar que o tricampeão não largou da pole position em todas as ocasiões; em Miami, quando iniciou sua sequência, o holandês foi o nono no grid de largada. Na Hungria, partiu do segundo lugar e logo em seguida, na Bélgica, foi sexto na classificação. A vitória na Itália também veio após o holandês largar em segundo e ultrapassar o pole position Sainz após 15 voltas.

Verstappen foi o "pole sitter" mais bem sucedido da temporada, convertendo todas as suas 12 poles positions de 2023 em vitórias. Atrás dele vem Sainz, que conquistou duas poles na temporada e converteu a segunda em vitória, em Singapura.

De 1325 voltas nas 22 corridas de 2023, Verstappen liderou 1003, sendo ainda o primeiro piloto a liderar mais de mil em uma temporada. Com isso, ele supera as 739 voltas de Vettel como líder em 2011 (com 1133 disponíveis). As 1003 voltas também são a exata quantia somada por Senna e Prost, juntos, pela McLaren em 1988.

O número equivale a 75,7% do total de giros em todo o calendário de 2023, marca que o põe à frente de Jim Clark, que andou na primeira colocação em 71,4% das 708 voltas de cada etapa da temporada 1963 (507 voltas).

Além de não ter deixado de pontuar em nenhuma etapa de 2023 e ser o único piloto ao completar todas as voltas da temporada, Verstappen ocupou o pódio em 21 das 22 corridas do ano, número nunca antes alcançado por um piloto.

O número equivale a 95,4% do calendário, marca que supera Jim Clark; o britânico esteve em nove pódios de dez rodadas na temporada 1963. Quem lidera o ranking é Schumacher, presente em todos os 17 pódios de 2002.

Verstappen pode até não ser o maior fã das corridas sprint, introduzidas na F1 em 2021 como uma prova curta que concede pontos extras aos oito mais rápidos. Ainda assim, ele detém as melhores marcas do formato: é quem tem mais poles (seis) e também é o maior vencedor das provas, com sete conquistas.

RBR

Em 2023, a RBR venceu 21 corridas de um total de 22 - equivalente a 95,4% do calendário. Os triunfos de Max Verstappen e Sergio Pérez quebraram o recorde estabelecido pela McLaren com Senna e Prost, em 1988; a equipe britânica faturou 15 vitórias em 16 rodadas, 93,7% do total.

A única conquista que escapou ao time de Woking foi o GP da Itália, vencido por Gerard Berger. A prova teve a dupla da McLaren liderando a maior parte das voltas, até uma quebra de Prost na volta 34 e a batida de Senna na volta 49. No caso da RBR, em 2023, a vitória que escapou foi o GP de Singapura, que ficou com Carlos Sainz representando a Ferrari, assim como Berger há 35 anos.

A vitória de Sainz em Singapura obrigou a RBR e Verstappen a recomeçarem a contagem de várias marcas. No entanto, o time ainda pôde fechar 2023 com 15 vitórias consecutivas, que se estenderam desde o GP de Abu Dhabi de 2022 até GP da Itália de 2023. A marca supera também a McLaren de 1988, que faturou 11 GPs seguidos entre o Brasil e Bélgica.

Das 1325 voltas contabilizadas em cada um dos 22 GPs da última temporada, 1149 tiveram um carro da RBR na frente. O número quebra o recorde da Mercedes que, em 2016, liderou 1055 voltas. Estatisticamente, o número equivale a 86% de todas as voltas do calendário; nesse quesito, a McLaren de 1988 ainda está na frente, puxando o pelotão em 97% dos giros no campeonato.