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Por Redação do ge — Rio de Janeiro


Pouco a pouco, a F1 se prepara para a introdução de uma nova era nos motores, com regulamento mais sustentável a ser instaurado em 2026, mas a discussão não se restringe apenas às unidades de potência. Para a próxima era técnica, o presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) já revelou o desejo de que haja mais barulho na categoria - e quer, ainda, que os monopostos fiquem mais leves.

- Eu pilotei em ralis. Me dê tudo, mas por favor, nenhum carro pesado. Isso é o que sempre me incomodou. Carros mais leves são melhores, e sei do que estou falando. Se o peso é maior, a suspensão é comprometida, os freios não funcionam tão bem, os pneus se desgastam mais rapidamente. E mais peso é mais perigo em uma colisão - ponderou Mohammed Ben Sulayem.

No início do século XXI, o peso mínimo para um carro de F1 era de 600kg. Nos últimos 22 anos, esse número subiu para 796kg, sem combustível e incluindo o piloto. As expectativas pela diminuição no peso mínimo passam por uma possível redução no tamanho dos carros da categoria.

CEO da F1 Stefano Domenicali (esquerda) e presidente da FIA Mohammed Ben Sulayem (direita) conversam na Hungria — Foto: Qian Jun/MB Media/Getty Images

- Já falei com o meu time na FIA. Queremos carros menores e queremos um melhor som (dos motores). Isso, em última instância, cabe à FIA. Se Stefano (Domenicali, CEO da F1) quiser isso também, ótimo, então concordamos nesse ponto - disse Sulayem.

O presidente da FIA garante que a entidade implementaria formas de diminuir o peso dos carros de F1 mesmo se a ideia fosse impopular entre pilotos e equipes. O cenário nos bastidores, entretanto, é de apoio.

- A FIA tem que decidir, nós vamos implementar. Não porque a FOM (Formula One Management) ou uma equipe quer assim, mas porque é a coisa certa para o esporte.

Confira todos os carros da F1 2023

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O aumento gradativo do peso nos carros se deu principalmente pela introdução de baterias, medidas de segurança e sistemas de recuperação de energia - caso do MGU-H, que não será mais utilizado a partir de 2026.

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