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Por Redação ge — Rio de Janeiro


A classificação do GP da Arábia Saudita de 2021 se tornou um dos grandes capítulos da antológica disputa entre Max Verstappen e Lewis Hamilton. Mas se o holandês da RBR terminou o que seria uma volta perfeita no muro de Jeddah, para o chefe Christian Horner, sua pole position no GP de Mônaco do último fim de semana - vencido por ele - foi o desfecho do giro jamais completado no circuito saudita há dois anos.

Max Verstappen perdeu chance de pole na classificação do GP da Arábia Saudita após bater no fim do Q3, em 2021; Christian Horner lembrou episódio — Foto: AP Photo/Hassan Ammar

Rafael Lopes e Luciano Burti fazem análise prévia do GP da Espanha de Fórmula 1

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- Com certeza foi uma das melhores voltas da carreira dele. Foi muito bom. Foi a conclusão daquela volta que ele quase terminou na Arábia Saudita, há alguns anos - comentou o gestor da equipe austríaca.

A disputa pela pole position no Circuito de Monte Carlo, no último sábado, se encaminhava para o fim de um jejum do espanhol Fernando Alonso, que está há 11 anos, desde o GP da Alemanha de 2012, sem saber o que é liderar o pelotão no início de uma corrida.

Verstappen, porém, veio para sua última tentativa ao fim do Q3; não fez os tempos competitivos que se esperava no primeiro e segundo setores da pista. Entretanto, o bicampeão tirou o coelho da cartola e provou porque é o homem a ser batido na F1 atual: superou a volta de Alonso por apenas 0s084.

Christian Horner, chefe da RBR, no GP do Bahrein da F1 2023 — Foto: ANDREJ ISAKOVIC / POOL / AFP

O cenário foi semelhante à etapa de 2021 em Jeddah, penúltima rodada de um campeonato que seria decidido nos pormenores: na ocasião, Hamilton estabeleceu a métrica final já ao fim do último segmento. Valtteri Bottas, então piloto da Mercedes, não conseguiu superá-lo.

Verstappen, por outro lado, veio com tudo; acabou com os tempos do rival nos setores 1 e 2. Entretanto, sua possível pole position terminou na última curva de Jeddah. Em 2023, a história foi diferente.

- Eu sabia que tinha que fazer isso na última volta porque eles (Aston Martin) haviam melhorado. E eu sabia que estava na cola deles quando cheguei ao último setor da pista. Tive que arriscar tudo para conseguir aquele tempo de volta. Por sorte, conseguimos - declarou o bicampeão, após a sessão deste último sábado.

Max Verstappen comemora sua primeira pole position para o GP de Mônaco, em Monte Carlo — Foto: Mark Thompson/Getty Images

Olhar técnico

Afinal, o que fez da volta de Verstappen em Mônaco tão especial? Horner, que disse ter acompanhado toda a movimentação de seu prodígio com a telemetria na conclusão do Q3, detalhou:

- Ele fez 70% do trabalho no setor 3. Aquela volta será considerada uma das maiores de todos os tempos em Mônaco. Eu acompanhei a telemetria em tempo real: no setor 1, ele igualou seu melhor tempo, e conseguiu encontrar mais tempo no setor 2, já pelo hairpin. Aí ele passou muito bem nas curvas 10 e 11, construindo a volta no setor intermediário. Depois, literalmente quando ele entrou na curva da Piscina, foi ai que ele se iluminou. Na Rascasse, ele encostou em quase todas as barreiras. E mesmo na curva final, dava pra ver como ele estava louco depois daquele volta. Era vencer ou vencer, foi absolutamente impressionante.

Infos e horários do GP da Espanha - F1 2023 — Foto: Infoesporte

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